RPG Catalão
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

O Sono do Amanhã

Ir para baixo

O Sono do Amanhã    Empty O Sono do Amanhã

Mensagem  Nayá Ter maio 22, 2012 4:59 pm

Introdução


Esta é uma história baseada em uma aventura de RPG (Rolyng Play Game) construída no ano de 2005 com a ajuda de muitos amigos que participaram da campanha fielmente as tardes de domingo. Ao planejar esta campanha e como fã de anime e manga entre alguns jogos, construí uma história que nunca pensei que chegaria ao nível que chego por causa das ações e criatividade de cada personagem que tinha a mesa.
Então com o passar do tempo, acompanhando a aventura reparei muito crescimento tanto por parte dos personagens que em alguns casos tiveram mudanças bruscas, mas com as pessoas que participaram da construção da história também. Esta história ao seu término teve uma grande aceitação que deixo saudades, tendo que em 2006 e 2007 fazer uma fase 2 da história onde os personagens voltavam ao mundo fictício agora já desenvolvido em corpos de outros personagens vindo também a participar outras pessoas da aventura e outros deixando de participar por motivos pessoais. Mas as expectativas de fazer uma fase 2 era pequena, mas com o desenvolver da história constatamos que a 2 foi melhor ainda fazendo um enredo tão profundo com personagens que agora traziam uma bagagem muito maior que a anterior. Com isso a história ficou muito mais rica e cheia de detalhes e sentimentos envolvidos, que a segunda fase supera a primeira deixando saudades.
Agora enquanto planejo uma terceira aventura para os jogadores saudosos faço melhor, escrevo um livro para guardar e compartilhar esta história com outras pessoas que além de aprendermos muito, trarei uma nova forma de aventura totalmente de fantasia onde tudo pode acontecer.
Qualquer semelhança a outras histórias foi devido aos personagens que foram criados baseados em trabalhos de outras pessoas, mas aqui foi modificado tentando manter a sua essência para que proteja seus direitos autorais.

Editado por Kerperian

Prólogo

Sentada em sua janela de sempre, entediada de fica enfurnada em seu quarto de princesa embora não seja uma. Lenny fecha seus olhos e começa a imaginar como seria bom se tivesse a liberdade de um camponês ou de uma noviça das quais lhe servia todo dia. Apesar de não ser uma princesa Lenny era muita mais famosa e querida pelo seu povo, pois ela era uma das maiores representantes do templo de Lux, o Deus da luz, uma invocadora a única capaz de trazer seres extraplanares de outros mundos ou planos, poderosíssimos ao seu controle, que podia obedecer qualquer uma de suas ordens embora isso possa ser muito cansativo. Fora isso Lenny era uma pessoa muito bondosa e justa, também apesar de ter uma grande determinação que às vezes chegasse a ser uma teimosia, escondia isso muito bem com sua exímia educação e postura aprendida desde criança, pois fora criada desde pequena por um sacerdote, hoje o Sumo Sacerdote de todo o reino, o único cargo acima dela. Lenny era uma jovem de seus 16 anos muito bonita e simpática, adorava brincos e penduricários que gostava de usar em seus longo cabelos castanhos, tão longos que já se acostumara a afastá-los para se deitar ou sentar pois batia até aos seus joelhos, tinha lindos olhos amendoados e azuis escuros uma pele branca e rosada e um semblante muito bondoso, sempre usava os vestidos do sacerdócio mas quando podia gostava dos vestidos esvoaçantes e decorados com flores e bordados finíssimos em suas bordas, sandálias baixas, pois facilitava a dança e gestos dos rituais que sempre participava, mas preferia muitas vezes ficar descalço, coisa que ficava na maior parte do tempo. Quando podia em ocasiões especiais usava algumas jóias e lenços finos, mas na maioria eram túnicas sacerdotais mais elaboradas e com bordados dourado ou prateado, mas sua maneira simples de ser nunca exigira nada disso, o que mais prezava naquele momento e precisava também era sua liberdade, coisa que almejava e não tinha.
-Ah...., como queria sair e dar uma volta. Diz Lenny em voz alta olhando pra janela.
Que tal dar uma volta antes de arrumar suas malas! Diz Claus o Sumo Sacerdote que havia chegado bem na hora e como sempre de mansinho.
- Ah não! Já! Pensei que ia ficar mais uma semana aqui, apesar de tudo, aqui é a capital e a peregrinação aqui é mais demorada não é.
-Sim, sim..... vou falar com o rei, ele realmente quer que você fique mais uma semana, mas você acha justo ficar em um lugar onde não precisam de sua ajuda, há muitos vilarejos para visitar onde precisam de você.
-Entendo! Quando partimos?
-Calma minha filha, tudo na sua hora, mas se prepare....está bem, lhe aviso depois.
- Ta bom! Não demora.
Claus sai de seu quarto com o semblante sereno de sempre e fecha a porta, apesar de por dentro estar muito preocupado. Claus além de Sumo Sacerdote e ainda conselheiro real era pai de criação de Lenny, muitas vezes e quantas vezes ele queria lhe dar o carinho de pai e não podia, carinho que toda filha merece. Muitos anos atrás ele a havia encontrado, um bebê apenas, nas mãos de seu pai que agonizava após uma batalha para salvar a sua esposa e só conseguiu salvar a criança, que ele pegou nos braços como se fosse sua, enquanto o pai jazia imóvel sobre seus pés. Depois disso se dedicou completamente ao sacerdócio e ao bebê, que com grande alegria descobrira ter um dom especial, dom que fazia parte de lendas e mistério, que mais tarde descobrira ser também de sua mãe. Nunca foi vaidoso em sua vida, mas orgulho era apenas de sua filha adotiva que cada dia que passava revela mais talentos e beleza, e muita bondade também. Claus sempre foi um sujeito simples, baixo, preferia usar cabelos curtos e por baixo de seu chapéu de sacerdote, muito raro vê-lo sem a túnica e o chapéu,até mesmo em ocasiões especiais, gostava de usar um anel de família, que por sinal ninguém sabia da historia do anel e apesar de seu semblante bondoso e sério, sua presença demonstrava respeito e imponência, coisa importante para o cargo que exercia. Ele continua seu trajeto para o castelo fazendo uma oração, rogando para que apesar da grande responsabilidade de sua filha, esta pudesse encontrar seu verdadeiro caminho de paz e felicidade.
Em seu quarto, Lenny deita em sua cama, tentando driblar o tédio, quando de repente sente uma dor forte em seu braço e vê uma pedra caindo no chão vindo de sua janela. Lenny corre até a janela e vê um rapaz muito bonito, cabelos loiros todo arrepiado e desarrumado e seus grandes olhos azuis que a olhava fixamente e lhe sorria apesar de não lhe conhecer.
- Olá, meu nome é Yure, preciso muito falar com você invocadora...
- Como você conseguiu chegar aqui, os guardas podem te prender se o ver aqui. Diz Lenny preocupada com a situação.
Yure faz um gesto com a cabeça e vai pra baixo de sua janela e começa a escalar, já que seu quarto é no segundo andar e não é tão alto assim. Lenny preocupada corre até a porta de seu quarto e se prepara caso ele queira lhe fazer mau, ela saberá se defender.
Ele sobe até sua janela, por sinal com muita facilidade, trazendo um embrulho em suas mãos, o qual reparou na verdade ser uma capa muito ornamentada assim como suas roupas estranhas, muito bem feitas, mas com bordados tribais e coloridos.
- Desculpe entrar assim, mas os noviços não permitem que visitem você e eu precisava vê-la urgente. Vim de um outro continente muito distante daqui e quando cheguei ouvi fala muito de você. Vim conhecer a princesa do reino e queria que me ajudasse.
- Como posso te ajudar, sou uma invocadora e não tenho acesso ao castelo como você pensa! Fala meio nervosa e preocupada.
- Só entregue esta capa para uma mulher que vai passa aqui pelos fundos de sua janela à noite. Yure disse isso colocando a capa sobre sua cama e pulando a janela na facilidade de um gatuno.
Lenny acha isto estranho demais, mas mesmo assim muito interessante, pois nunca antes tinha acontecido algo do tipo, pois apesar de lidar com a própria morte às vezes, lidar com situações de surpresa é muito difícil para alguém que é tão vigiada, e ainda mais na capital, Tália, onde existe a maior segurança de todo o reino.
Tália é uma cidade enorme onde existe e pode-se encontrar quase de tudo entre os humanos, é uma cidade muito rica e a sede do poder religioso também, seu rei Antares e sua esposa Lisa, governam com muita sabedoria e justiça apesar de ter algumas manias exóticas.
Especialmente hoje Tália está em festa se preparando para a chegada da rainha do reino de Nenphis, Penélophe, que vai visitar o reino, os empregados estão a todo vapor preparando a festa de recepção para a rainha e a despedida da Invocadora Lenny.
A festa, toda será feita em frente o castelo, enfeitado com tecidos finos e muitas flores, um grande banquete é preparado, numa longa mesa bem centralizada, algumas iguarias já prontas colocadas entre os enfeites de flores na mesa. O rei muito feliz decreta feriado e algumas famílias escolhidas rigorosamente são convidadas para a grande festa que começa ao anoitecer. Lenny pela primeira vez está empolgada com algo, se arruma com um lindo vestido branco e esvoaçante, e pega seu inseparável cetro.
Claus a espera já na porta do templo numa bonita carruagem e ambos vão para o baile.
Enquanto uns comemoram outros padecem, Mike um pequeno guerreiro de muitos segredos é alto e robusto cabelos da cor de mel e olhos verdes e seu amigo Retsu, alto e muito magro pele branca que destoa com seus cabelos negros e lisos, chegam à taverna da cidade querendo um lugar para se abrigar, os guardas do lugar assim que os viram foram em sua direção mantendo certa distância e observando, pois havia muito tempo que não chegava estranhos na cidade, ainda mais no dia em que a rainha de outro reino chegaria, a segurança do reino deveria ser intensificada.
Mike com seu ótimo senso de humor, usando roupas que para um guerreiro seriam leve e grande parte delas rasgadas, carregava grande espada e seu amigo que não ficava muito longe, usava uma capa negra e tinha um ar meio acanhado, carregava uma espada também, mas não parecia ser guerreiro se fosse observar seu tipo físico, muito magro e pálido. Mike entra na taverna e pergunta:
- Tem quarto pra dois?
- Sim, são duas moedas ao dia com almoço e jantar, diz o taverneiro olhado-o de cima a baixo.
- Serve... Colocando as moedas em cima da mesa.
O taverneiro entrega a chave e os leva até a porta do quarto, que por sinal era bem simples. Mike feliz pede ao taverneiro o jantar e se deita na cama, cansado, da grande viagem que fizera, Retsu se acomoda na cama do lado e começa a arrumar suas coisas até que alguém bate a porta.
Mike abre a porta com bastante pressa e diz ao abrir a porta:
- Rangooooo... É hora de comer!
- Se precisar de mais alguma coisa nos chame, boa noite. Falou uma jovem de uns 20 anos de aparência simples e um pouco cansada.
- Ta bom, obrigada senhorita. Pegou a grande bandeja e entrou no quarto colocando em cima da cama mesmo e começando a comer, seu amigo senta do seu lado e o acompanha.
De repente um grande estrondo vindo da rua assusta a todos, Mike imediatamente pega sua espada e corre em direção a rua, Retsu pega sua capa e sai atrás dele o mais rápido que pode, ao chegar lá de fora, na direção na entrada da cidade ele vê grandes chifres por cima de algumas casas, deduzindo em sua simplicidade que o bicho, ou seja, lá o que for é muito grande, sem pensar duas vezes, corre em direção a entrada da cidade.

***


Lenny chega a grande festa e é recepcionada com música e muitas sacerdotisas dançando em sua homenagem. Muito feliz ela agradece a homenagem e segue com Claus para cumprimentar o rei e a rainha que a esperam logo a frente.
- Boa noite majestade, linda festa, obrigada. Disse Lenny meio sem graça.
- Boa noite invocadora, espero que goste e Claus como vai? Vamos conversar. Diz o rei abraçando Claus e o levando até outro lugar para conversarem.
- Não se incomode com ele, diz a rainha, ele estava tão ansioso para ver Claus que se esquece do resto, justifica a rainha com toda sua simpatia.
- Tudo bem, eu só vim cumprimentá-los mesmo pela belíssima festa de despedida.
-Sim claro, estamos esperando também a chegada da rainha de Nenphis, diz a rainha fazendo uma pequena careta. E rindo em seguida.
-Sim fiquei sabendo, e sua filha como esta? Por que não veio?
-Minha filha está bem, só meio indisposta por isso não veio, mas por que a pergunta?!
È que nunca a vejo, até hoje se a vi acho que foi só uma vez e de longe, não a conheço até hoje.
-Depois a levo até ela, não se preocupe, vamos aproveitar a festa. Diz a rainha meio sem graça tentando disfarçar algo. Até que de repente Penélophe é anunciada, todos olham em direção a entrada, o rei como que por encanto aparece do lado da rainha e uma música de recepção começa, até que entra Penélophe uma mulher lindíssima de corpo escultural usando um longo vestido vermelho que mostra suas formas, longos cabelos negros e lisos usa uma coroa de gosto peculiar, entra olhando a sua volta e para seus olhos no casal real que a observa com admiração e vai em sua direção.
Assim que se cumprimentam conversam por algum tempo se servindo de algumas iguarias e vão em direção ao castelo deixando a linda festa para Lenny, sacerdotes e alguns convidados. Apesar de tanta alegria Lenny começa sentir um aperto no coração e pensando em seguir sua intuição, sai da festa sem que ninguém perceba e estranha a falta de alguns guardas.
Ao andar por algum tempo começa a sentir a presença de uma invocação, com o coração acelerado começa a correr na direção da presença onde começa a ouvir sons e tremores estranhos.

***
Mike ao chegar na entrada da cidade vê um imenso cavaleiro de armadura que cobria todo o seu corpo deixando aparecer somente um brilho sombrio de onde seria os olhos, montado em seu cavalo de 6 patas e carregando uma espada enorme, ele destruía tudo o que via em sua frente como se tivesse sem o próprio controle. Mike e Retsu sem pensar duas vezes começam a mudar de forma revelando ser um grande homem-tigre e Retsu um meio dragão negro e com tudo começam a lutar com o grande cavaleiro e o máximo que conseguem é ferir seu cavalo que agora revela olhos vermelhos e uma respiração forte e fugaz.
Mike tenta usa sua espada, mas o máximo que ela faz é um barulho de um metal batendo em outro por causa da armadura do cavaleiro. Retsu vendo que não tem efeito tenta distrair o cavaleiro até que Mike possa feri-lo. Até que atrás deles aparece uma pequena figura, mostrando um pouco de cansaço por causa da corrida se aproxima deles sem medo algum, ao ver soldados mortos no caminho, Lenny começa uma espécie de oração acompanhada de movimentos e luzes começam a se formar a sua volta e então vindo de um imenso símbolo no céu aparece um grande pássaro de fogo que cruza o céu e solta pequenas faíscas de fogo que ao passar sobre os soldados mortos, estes voltam a vida com muita saúde e vigor. Mike ao ver isso grita para eles se afastarem ou morreram de novo se distraindo da batalha e levando um grande golpe da espada do cavaleiro. Retsu tenta ajudar, mas seu cavalo que estava incontrolável levantando as patas dianteiras cai com força no chão fazendo um grande tremor que com o choque o joga longe quebrando o que acha no caminho e o deixando atordoado.
Lenny grita a seu pássaro:
- Oh grande Fênix, que sempre traz a vida, afugente este cavaleiro protegendo a cidade.
Como se entendesse o que ela diz, Fênix ataca o cavalo do cavaleiro e Mike sem entender porque, com toda a sua força pega sua espada e corta o pescoço do cavalo que ao jorrar a primeira gota de sangue começa a desaparecer com o seu cavaleiro que muito furioso urra mostrando indignação e dor acabando definitivamente com a luta.
Lenny então agradece Fênix, que vai embora sumindo no céu agora coberto por pesadas nuvens e os soldados vendo que a invocadora os salvou, vão alguns em sua direção para acompanhá-la de volta ao templo e aos dois seres estranhos, que até agora estava lutando com aquele cavaleiro enorme e estavam tão cansados e machucados caíram ali mesmo se transformando em homens comuns, causando rejeição e medo por alguns que ali começaram chegar por curiosidade. Lenny ordena que os leves ao templo para que sejam curados e os soldados obedecem.

***

Ao acordar, Mike e Retsu, levantam assustados lembrando-se da luta e se vêem numa prisão.
-Mike, a gente fez algo de errado? Por que a gente ta preso.
-Acho que por que a gente nasceu. Ninguém vai com a minha cara de tigre mesmo. Diz Mike sem perder o bom humor.
-Ou você num sabe fala sério nem numa situação destas.
-Eu to falando sério, tão sério que to morrendo de fome, será que esse povo aqui num serve comida não.
Num movimento de balançar a cabeça negativamente Retsu diz:
- Você não tem jeito mesmo!
- Jeito não, sou só eu mesmo!
-Então... a gente arrebenta as celas e sai, grita e derruba os guarda e pega a chave, ou sai pela parede mesmo?!! Diz Mike olhando para Retsu na maior naturalidade do mundo.
-Er... melhor esperar um pouco. Diz Retsu meio duvidoso, pois sente que naquele lugar não pode fazer magia.

Enquanto isso no castelo, uma figura de capuz passa pelos guardas e com uma magia simples de pergaminho faz todos dormirem, rouba algumas chaves e desce alguns lances de escadas até chegar à cela de Mike e Retsu.
- Olá. Diz a figura encapuzada com um tom de voz baixo e delicado revelando ser uma mulher.
- Olá, tudo bem? Como vai você, eu vou bem... diz Mike em tom de ironia.
- Quero ajudá-los, mas quero algo em troca!
- Era bom demais pra ser verdade! Diz Retsu com seu pessimismo de sempre.
- Tudo bem, mas o que você quer em troca?
- Quero sair da cidade, também sou uma prisioneira aqui, se me levarem pra longe da capital sem que me descubram solto vocês.
- Ta, mas precisamos de armas e disfarces. Diz Mike.
-Você é louco Mike, e se ela estiver nos enganando, ou se arrumarmos encrenca, ou ainda se não conseguirmos levá-la pra fora da cidade. Diz Retsu em tom de preocupação.
- Eu solto vocês e vou com vocês pra fora da cidade, além do mais vocês serão procurados se fugirem, apenas vou acompanhá-los depois sigo o meu caminho e vocês o seu.
- Parece justo, tudo bem! Diz Mike estendendo a mão em direção a sua direção.
Ela sem hesitar pega em sua mão em sinal positivo e abre a cela.
- Como confia tanto nela assim, nem a conhece. Diz retsu com ar de reprovação.
- Simples, ela pegou em minha mão, ninguém que não seja de confiança faria isso nas condições que estamos.
- Ah! Você com suas avaliações e sei lá o quê......hum! Diz Retsu já saindo da cela e seguindo a mulher que andava depressa para a saída.
Com isso eles fogem da prisão, recuperam suas coisas e saem da cidade em direção a periferia da cidade onde podem acessar a orla de uma floresta bem próxima.

***
Enquanto isso no templo.
Lenny muito chateada está deitada em sua cama olhando para o teto, vê Claus entrar em sue quarto e sentar ao se lado como nunca fizera antes.
- Esta chateada não é mesmo?! Diz Claus mesmo sabendo que era obvio tentando começar algum assunto.
- Mas é claro! Como você acha que me sinto, duas pessoas salvam a cidade de um mostro dos mais violentos e são pressas por serem diferentes. Eu saio pra salvar a cidade e sou castigada confinada em meu quarto porque sai sem avisar. Diz Lenny desabando em lágrimas.
- Eu te entendo querida, mas não podemos fazer nada, política é assim se o rei não fizesse isso...
- Eu não quero saber de nada!! Eu num quero mais ser invocadora nem coisa nenhuma, odeio política....aqui deveria ser um lugar de paz, e apoio as pessoas diferentes, se sou assim tão importante como falam eu devo assumir o risco e conseqüências e ajudar quem realmente precisa...
- Calma! Você acha que também não sofremos, além de ser figiada, as pessoas que fazem isso também sofrem!
Lenny desaba num choro há muito tempo contido, tantos anos vendo injustiças e muitos tentando manter as aparências na sua frente nem desconfiavam que a verdade brilhava por detrás de todas as mentiras. Claus vendo que não podia fazer nada naquele momento sai de seu quarto deixando um embrulho em cima da cama. Ainda sem saber do que se tratava Lenny se levanta imediatamente pega uma bolsa, coloca o embrulho e algumas roupas na bolsa e pega a capa que mais cedo aquele jovem estranho havia lhe entregado e a coloca. Sem hesitar como nunca havia feito antes, começa uma tímida dança para invocar sua amada amiga Fênix, que era pra ela não apenas uma invocação, mas um ser com sentimentos, que considerava muito uma grande amiga, embora só a tenha chamado para ajudar os outros pela primeira vez chamava pra si, apenas para si.
Fênix com toda sua leveza e graciosidade aparece em sua frente em uma forma menor e menos agressiva, ela o afaga e abraça com carinho ainda com lágrimas escorrendo sobre até que as penas de fênix que imediatamente desaparece em vapor como água em uma chapa de metal quente. Ela a abraça sentido apenas um calor confortável e vivo, sendo ela o símbolo da ressurreição e vida em todo lugar, até onde ninguém nunca a vira Lenny a ordena.
- Vamos minha amiga sair daqui, para um lugar livre e seguro onde podemos realmente ajudar quem precisa, me leve pra fora da cidade sem que ninguém perceba, por favor.
Fênix sem hesitar vai em direção a janela e faz um sinal para que Lenny suba em suas costas, ela coloca a bolsa entre os braços e coloca o capuz da estranha capa que agora usava como se fosse sua e sobe em suas costas. Como nunca voava antes Fênix se tornava invisível, para qualquer olhos menos para Lenny que viaja de forma tão especial agora por cima da maior cidade de todo reino a mais bonita e mais falsa a seu ver onde tudo agora acabava ela fugia de sua prisão de ouro e marfim para quem sabe agora uma nova aventura ou um fim nunca vivido antes.

***
Mike e Retsu e a misteriosa mulher conseguiram enfim chegar na floresta real que tomava conta da maior parte do continente, embora muitos amaldiçoassem a floresta e havia uma lei sobre nunca ninguém atravessá-la, muitos que tentavam nunca conseguiram, boatos diziam haver feras e seres malignos lá estavam caminhando por entre as árvores procurando um lugar seguro e relativamente longe da capital para descansarem um pouco.
- Esta é a floresta real? Diz a mulher misteriosa.
- Sim, por quê? Responde Mike na maior naturalidade do mundo.
- Mas aqui é muito perigoso é proibido atravessá-la, por nossa segurança... Devemos ir pela estrada...
- Pela estrada nos pegariam rapidamente, por onde você acha que viajamos? Diz Retsu depressa.
- Como se chama, é complicado sem saber seu nome... Diz Mike mudando de assunto.
- Podem me chamar de Sarah, eu era uma nobre prisioneira de minha família e nem sei por quê.
- Nobre! Sabia que era encrenca, sabia, amanhã a gente vai estar morto hora dessas. Diz Retsu meio dramático.
- Só se passarem por cima de minha pele de tigre, seja bem vinda ao grupo mais estranho que já viu... hehehhe
Sarah os observa apenas, e ri baixo, mas lá no fundo apesar de não os conhecer se sente segura perto deles embora seja uma estranha para eles, a tratam bem apesar de tudo.
- Silencio! Estamos sendo seguidos. Diz Retsu asperamente.
- Fiquem aqui, vou ver o que é. Diz Mike sacando a espada e indo em direção ao som que também tinha ouvido.
Andando alguns metros Mike que tem uma capacidade impar em enxergar no escuro vê duas sombras na frente de uma caverna a qual estava com uma pequena luminosidade ao fundo, na mesma hora se transforma em um tigre e chega de mansinho, na mesma furtividade de um tigre espreitando a presa.

- Então quer dizer que quando você foi fazer o que te mandei a invocadora havia desaparecido com toda aquela segurança. Diz uma voz de mulher forte e sedutora enquanto a pessoa em sua frente ajoelhava e pedia perdão, revelando ser uma jovem com voz tremula e rosto cansado.
-Não foi intenção falhar majestade eu apenas fui como me ordenou e não havia ninguém em seu quarto, o próprio sacerdote está à procura dela desesperadamente.
- Silêncio! Insolente, pedi que fizesse e não que explicasse, vou mandar você pra casa agora e lá tenho um outro serviço, mais a seu nível...e desta vez se falhar...
- Não majestade, não vou falhar, perdão! Diz a jovem com a cabeça em seus pés aos prantos. Nesta hora Mike tigre tenta se aproximar mais, e vê a deslumbrante capa da mulher que estava sendo chamada de majestade e o rosto da jovem que estava em seus pés, como se percebendo a presença dele a mulher coloca o capuz cobrindo seus reluzentes cabelos negros e desaparece em feixes de luz violeta, a jovem ao ver isso corre em direção a caverna e desaparece. Mike um pouco receoso procura afastar, mas sua curiosidade fala mais alto e ele entra na caverna até se deparar com uma cena trágica. Ele vê a jovem caída aos pés de um jovem, pelas vestes um mago, bem magro, cabelos negros e lisos segurando uma adaga de lâmina prateada e a jovem ferida ainda viva. Tentando assustá-lo parte pra cima dele que desaparece em feixes negros e azuis levando a jovem consigo e a estranha adaga.
Então vê que pelo jeito não voltariam tão cedo e vasculha o local que na verdade é um simples acampamento, pelo jeito a jovem estava ali há alguns dias e esses magos estão planejando algo contra o templo. Sem hesitar volta para seus companheiros de viagem que estavam no mesmo local e quando o viram o encheram de perguntas.
- Então que som foi aquele, ta tudo bem? Diz Retsu rapidamente. Mike já em forma humana e com a espada na bainha estende as mãos para Sarah e diz:
- Venham, achei um lugar legal pra gente se esconder por agora.

***
Enquanto isso Lenny acorda no meio da floresta com o sol em seu rosto, pega sua bolsa e começa a andar em direção ao sul até que ouve um barulho de galhos se quebrando trás dela, quando se vira para olhar mal se da conta da situação, se vê no chão, com o estranho rapaz em cima dela todo afoito sorrindo e a chamando de princesa, o mesmo rapaz loiro de olhos azuis que havia lhe entregado a capa.
- Queira me apresentar princesa sou Yure! Diz Yure fazendo um gesto parecido de quando alguém tira o chapéu.
- desculpe não sou a princesa, só usei a capa que me entregou para fugir, nem conheço a princesa, desculpe. Diz Lenny tirando o capuz e tirando algumas folhas que estava em sua roupa.
- hum... Creio eu que tenho uma grande encrenca, você não é a tal invocadora? Diz Yure meio decepcionado.
- Oh não, por favor, não me entregue, eu fugi daquela corja de políticos mentirosos e tiranos, preciso ir pra um lugar seguro. Diz Lenny rapidamente se ajoelhando.
- Calma, não sou uma pessoa tão ruim assim, aliás, estava voltando para meu continente já que não consegui o que queria, quer vir comigo!? Diz yure ajudando ela a se levantar já com um sorriso no rosto.
- Mas é claro! Por que não falo antes?
-Então vamos?!
-Vamos, mas preciso de um café da manhã reforçado.
- Ah sim, vou ver se acho alguns ovos e frutas, já volto.
Lenny se senta no chão e observa yure com tanta agilidade e rapidez descendo e subindo árvores como se fosse acostumado a tudo aquilo, mas ao mesmo tempo tem um ar nobre uma educação refinada e cortês. Dentro de poucos minutos estão sentados em frente a uma pequena fogueira comendo ovos cozidos e algumas frutas doces como mel. Então apagam a fogueira e partem para o sul conversando alegremente. Ao atravessarem por uma grande clareira avistam três pessoas ao longe, dois homens e uma mulher pela leveza, pois se cobria com uma capa, sem hesitar e mostrando inocência de sua parte corre na direção deles gritando.
- Ei! Viajantes!
Com cautela o maior deles, Mike vai em sua direção calmamente enquanto Retsu fica na retaguarda e Sarah se esconde atrás dele nem um pouco diferente de Lenny que fica como uma estátua pois não esperava esta reação de yure.
- Olá companheiros vejo que são viajantes como nós, andam pela floresta sem medo, sou Yure e estou indo para a cidade porto do sul e vocês?
- Olá sou Mike e aqueles são Retsu meu fiel amigo e Sarah, estamos indo para o sul onde as cidades são mais livres e poderemos começar vida nova.
- Gostaria de mais dois integrantes para seu grupo? Não podemos ir muito longe sozinhos nesta floresta e gostaríamos de boas companhias.
- Não vejo problema algum, afinal estamos indo para a mesma direção e pelo que posso ver você é de confiança. Nesta hora Retsu e Sara se aproximam e Lenny fica logo atrás de Yure. O grupo reunido se apresenta formalmente e é nesta hora em que Sarah ao tirar o capuz e revelar seus belíssimos olhos azuis de cristal e longos cabelos loiros olha nos olhos de Yure e sente algo nunca antes sentido ou vivido, onde tudo em volta sumia e reagia naturalmente e Yure ao coloca seus olhos pela primeira vez sobre ela sente um tremor nunca antes sentido ou vivido como se a conhece-se naquele momento e sempre, tudo em volta não era nada e só existia ela, um anjo na terra ou uma Deusa que cruzava seu caminho que pra sempre seria uma imagem nunca esquecida e quem sabe vivida. Ao se fitarem estáticos, Mike reconhecia quem estava com Yure com aquela capa exótica naquele momento, era a invocadora que havia salvado a vida deles e os curado naquela noite, mas não entendeu nada, já Retsu mais perspicaz percebeu que não era só Sarah que queria fugir daquela cidade e onde quer que fosse não teria chance e que era agora fugir ou morrer. Embora nem saibam que era na verdade neste momento em que tudo estava apenas começando.


Continua no capítulo 1....

Nayá

Mensagens : 2
Data de inscrição : 22/05/2012
Idade : 42

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos