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Isenya de Celestia, a sacerdotisa da Luz

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 Isenya de Celestia, a sacerdotisa da Luz Empty Isenya de Celestia, a sacerdotisa da Luz

Mensagem  Gil Targaryen Dom Fev 10, 2013 3:22 pm

Descrição da personagem - Isenya, uma sacerdotisa da Luz, serve ao templo de Celestia, no extremo norte do continente central. Cabelos branco platinados, pele alva, olhos de um azul cristalino e portadora de uma beleza notável aos olhos. Age sempre com cortesia e gentileza e carrega uma curiosidade pelas coisas do mundo comum. Nunca antes se encontrara com elfos, dragões, reptantes ou qualquer outra raça que já tenha estudado nas bibliotecas da cidade templo. Suas vestes sempre muito brancas contrastam apenas com os olhos azuis e com o pingente de cristal sagrado que traz em volta do pescoço amarrado por uma comprida e fina corrente de prata.

Prólogo

Quando partira de Celestia trazia consigo apenas as vagas indicações sobre um templo da luz que precisaria ser ativado no intento de realizar parte da missão na qual a ordem estava empenhada em cumprir: combater as trevas e o mal primordial.

O propósito das buscas estava relacionado a segurança de Seregon, antigos pergaminhos e inscrições de eras remotas da biblioteca Kaliamahn faziam referência a um poderoso encanto que só poderia ser ativado através dos cristais sagrados nos templos, fazendo ressoar uma onda poderosa que protegeria o último reduto contra as garras de uma entidade ancestral cuja existência remonta o princípio dos tempos.

“Cada templo possui uma câmara sagrada de cristal. Foram os filhos da nação Kalih que ensinaram os primeiros de nossa ordem a combater “ a grande sombra”. Nos deram as palavras sagradas para ativação dos cristais, nos ensinaram a canção da luz que faz os cristais ressoarem” eram as palavras da anciã de Celestia.

Era uma velha de muitos sorrisos e rugas, encurvada pelo tempo e a visão perdida a mais tempo ainda mas ainda assim luminosos de uma maneira não natural. Os cabelos grisalhos e volumosos eram muito bem escovados pelas guardiãs pessoais da anciã e do Salão das Profecias. Usava sempre uma combinação de robes de um branco vivo e decorados com fios de prata polida. Um perfume floral inundava o salão que mesmo sem janelas para o exterior eram frescos e arejados por efeitos mágicos. Pequenos cristais pendiam do alto do teto do salão formando um mosaico cintilante que projetava raios de luz por todas as partes. Tinha atado as costas uma capa feita com inúmeras penas, muito brancas imitando um imenso par de asas que repousava a sua volta.
Apesar de cega ela conseguia ver, de algum modo aqueles olhos brancos conseguiam enxergar o mundo e coisas que os olhos comuns não poderiam alcançar. E ela falava com uma voz quase sussurrante, mas cheia de sabedoria e tranqüilidade mesmo em meio a sombrias profecias que lhe eram reveladas.

Tinha sobre a testa um pequeno fragmento de cristal lapidado, delicadamente adornado por fios de prata formando uma tiara por toda a testa. A anciã vivia no Salão das Profecias, um enorme salão de paredes, piso e tetos brancos em formato oval, e no centro dele ficava uma imensa lâmina de cristal no chão. A anciã passava seus dias ali, sobre uma cama de lençóis brancos de seda, observando os efeitos da luz sobre o cristal a sua volta, do teto pendiam finos tecidos translúcidos que concediam privacidade a líder da ordem e o caminho de acesso até ela se dava através de uma runa de teleporte especial. Ninguém ousava caminhar sobre a lâmina de cristal pois não era um simples adorno e sim o espelho de onde vinham as visões proféticas.

A anciã não caminhava a muito tempo, e por algum motivo não mais utilizava magia, não como os outros sacerdotes faziam, mas cada gesto e cada movimento ou palavra parecia imbuído em poder, e o conselho dos 13 guardiões que organizavam as funções da ordem nunca tomavam uma decisão sem antes consultarem Meheniah. Esse era seu nome, mas quase nunca era usado sendo apenas conhecida como Anciã Branca.
O salão era guardado por 5 pequenos exércitos, os dois primeiros eram combatentes e os 3 outros eram sacerdotes experientes na magia e anulação de feitos mágicos e alguns encantos de cura. O que era curioso pois não serviam a Nerume nem tinha recebido na infância o implante de escama de dragão dourado. Mas diziam que eram especiais por serem descendentes dos primeiros fundadores da ordem da luz.

Os corredores que davam acesso as portas do salão eram todos forrados de espelhos feitos de prata e cristal, as portas do grande salão eram de lâminas de ametista e inscritas sobre elas numa língua antiga estavão os dizeres:
“Quando a luz brilhar dentro dos salões sagrados e o cântico do povo celestial for entoado pelos que protegem e servem a luz, então o mundo se ilumina para expulsar a sombra e libertar os cativos.”
A tradução não estava perfeita, a palavra mundo fora substituída porque originalmente o conjunto de glifos inscritos representavam na verdade “ninho”. Na grande biblioteca haviam também muitas runas escritas com o mesmo padrão de linguagem, e centenas delas ainda não haviam sido traduzidos, era uma língua difícil de ser compreendida, mas tinha uma beleza em suas formas e letras.

Celestia localizasse longe de qualquer continente de Seregon, protegida por uma barreira antiga e alimentada por um dos muitos cristais escondidos nas câmaras subterrâneas do templo de alguma forma não pode ser localizada ou vista por olhos normais.

Foi ali onde Isenya nascera, as recordações da infância eram muito vagas, apesar de ainda ser uma criança, mas não conseguia se lembrar do rosto da mãe, nem do rosto do pai. Mas uma única imagem quase nítida se mantinha firme na mente, braços amorosos e protetores a envolvendo, uma voz doce e gentil sussurrando palavras de alento enquanto era embalada rumo aos sonhos. Mais forte do que as lembranças era a certeza do sentimento de amor e proteção que recebera da figura misteriosa da mãe, e do cheiro do cabelos e da pele dos braços que a embalavam.
A pequena sacerdotisa era uma aluna promissora, sua dedicação e facilidade em aprender os ensinamentos e preceitos da ordem lhe garantiam oportunidades de participar como observadora de algumas poucas missões no “mundo exterior”.

Fora escolhida por Sisifus, um dos 13 guardiões da luz , para acompanha-lo em algumas missões e aprender com ele os ensinamentos mais secretos de sua ordem. Uma de suas lições mais importantes e severas fora em campo, estavam investigando ruínas próximas as cordilheiras de Narantel quando foram atacados por um homem, coberto por um manto surrado, e de aparência frágil, no entanto aqueles olhos....negros e cheios de malícia a fizeram sentir medo. Uma aura estranha, densa e pesada o cercava, os sacerdotes que acompanhavam Sisifus se adiantaram conjurando suas espadas de cristal de imediat, mas não atacaram, apenas se entreolharam.

A jovem sacerdotisa estava apavorada, e olhava de um para o outro com medo do que aconteceria ali. Era apenas um homem contra 4 sacerdotes, um guardião e uma pupila, “Ele não tem chances contra nós” ela pensou.
Mas não durou muito tempo, o homem saltou sobre o grupo enquanto 6 tentáculos viscosos de sobras saíram por debaixo da capa e a boca dele se escancarou de uma maneira não natural soltando um urro gutural e assustador. As espadas cortaram tentáculos, e eles fritaram ao contato com a lâmina transparente e luminescente. E pareceram guinchar, mas não tinham boca.
Ela saltou para trás evitando ser pega pelo tentáculo que se agitava furiosamente a sua frente, conjurou sem pensar um raio de luz e atingiu o peito do homem a 6 metros dela, o raio trespassou o peito da criatura que urrou de dor. Mas a luz não desapareceu, do orfício onde entrara o disparo uma luminosidade começou a se irradiar e as sombras foram se dissolvendo, praguejando em pequenos silvos e guinchos que pareciam ecoar de algum modo impossível.
O homem tinha uma aparência miserável, os olhos estavam arregalados e assustados, a boca aberta de pavor, a pele parecia ressecada e grudada as poucas carnes que se prendiam aos ossos, e ele cai de joelhos, chorando e assustado sem entender nada.
Isenya estava em choque, a criatura não parecia mais representar um perigo, na verdade era apenas um homem perdido e ferido de morte....morte essa que fora causada por ela....” eu o matei....ele morre....e é por minha causa...” ela pensava enquanto tremia e lutava para não sair dali correndo e se esconder em qualquer lugar onde ninguém pudesse encontra-la.

Sisifus se aproximou do homem, tocou sua face e disse algumas palavras que ela não conseguiu entender, estava desnorteada. Depois quando conseguiu recobrar o controle das emoções, percebeu que o homem estava deitado, mas com uma expressão serena na face, olhos fechados e respirava, apesar de muito frágil e debilitado, ainda vivia.
O guardião se aproximou dela, tomou-a pelas mãos e a levou para perto do homem ali deitado, os outros sacerdotes se colocaram a volta dele e Sisifus foi o único a falar.

__ Isenya, um sacerdote da luz nunca se oculta. Ao contrario, ele se levanta e irradia na direção da sombra fazendo as garras do abismo recuarem. Ele guia o caminho, traz a luz da verdade, purifica e aquece os corações que foram tocados pelas trevas. Toda criação é boa, pequena!! Lembre-se sempre disso quando combater os irmãos que estão perdidos ou caíram em corrupção. Apenas use todo seu poder quando combater as crias das sombras, pois neles não há prisioneiro, apenas a maldade personificada.

Depois disso interromperam a missão e partiram com o moribundo até encontrarem uma pequena vila, e lá permaneceram semanas até que o homem conseguiu se recuperar, e partiu de volta para encontrar sua família a muito tempo perdida. “Somos os responsáveis por aqueles que ferimos, criança. Nunca se esqueça” disse um dos sacerdotes a menina enquanto trocavam os curativos e ministravam as ervas de cura sobre a ferida do homem que ela quase matara.

Quando retornaram a Celestia Sisifus julgou necessário que Isenya aprendesse um novo conhecimento: a “canção da luz” ela a ensinou que ao entoar aquelas palavras na presença de um cristal sagrado este se acenderia a irradiaria a luz com a palavra de poder da qual fora originado, existiam muitas palavras, e todas elas eram ligadas a virtudes e dádivas da criação. Quando todos os cristais se acendessem e irradiassem a mesma melodia em uníssono, então assim a missão da ordem estaria cumprida em seu primeiro estágio, e depois seria o momento de guerrear contra o grande inimigo que não poderia mais ficar oculto ao poder da luz.

Os anos passaram e a jovem sacerdotisa se dedicou arduamente aos conhecimentos sagrados de seus ancestrais. Foi designada para seguir uma missão sozinha para encontrar pistas sobre a localização de um templo que precisaria ser desperto. Os templos da luz não eram apenas templos, eles haviam sido construídos em locais onde a conjunção astronômica, magia e divina se alinhavam e dessa forma eram alimentados por esses 3 tipos de poder. Por isso precisavam ser ativados em momentos específicos, por sorte a maioria dos eventos e junções entre as constelações aconteciam em períodos de tempos pequenos, os mais breves ocorriam a cada 9 semanas e os de maior poder e importância a cada 3 anos.

Ela estava ansiosa enquanto organiava seus pertences para partir, seria sua terceira missão no mundo exterior e sua primeira missão sozinha. Sisifus disse a ela que se precisasse de auxilio, poderiam se comunicar através de uma prece, durante a noite antes da constelação do dragão marinho desaparecer dos céus. Ela a aconselhou pela última vez e pediu para que ela fosse ter com a anciã antes de partir.

Caminhou pelos corredores de espelho e chegou aos portões de ametista, que já estavam abertos. Quando se aproximou da anciã, sentiu uma profunda paz, e ali permaneceu por alguns minutos enquanto ouvia atenta aos conselhos da figura mais importante da ordem da luz. Depois disso partiu, o teleporte que tomou a levou até uma floresta de árvores imensas e de troncos muito grossos, os sons e cheiros da floresta inundaram seus sentidos, e levou tempo até que conseguisse se acostumar. A primeira semana foi a pior de todas, pois colocou em prática os treinamentos que recebera no templo, e todas as noites, como o combinado, entrava em contato com Sisifus, seu mentor, para relatar o progresso nas investigações e debater sobre dificuldades encontradas por ela em campo.

As semanas se seguiram, e quando deu por si já estava fora de Celestia a mais de dois meses, já havia se acostumado a viver na floresta, viajava durante a noite e descansava durante o dia fora instruída a agir dessa forma para evitar ser devorada por animais perigosos de hábitos noturnos. Dessa forma teria chances de sobreviver.

Estava investigando suas anotações em meio a floresta, quando ao longe ouviu ruídos de fogo, levitou até o topo de uma árvore e viu a nordeste de onde estava um imenso clarão de chamas bem próximo a copa das árvores. Enquanto se aproximava tentava imaginar que tipo de situação encontraria, e quanto mais perto chegava conseguia ouvir o som de vozes diferentes e sons de batalha, apertou o cajado de crista com força enquanto ao longe conseguia vislumbrar uma forma cilíndrica imensa enroscada sobre grossos galhos próximos a copa das árvores. “Que a luz jamais seja eclipsada pelo véu da noite” disse a si mesma se preparando para o confronto.


[ esse é o prólogo da personagem até o momento em que se encontrou com o grupo que estava a caminho de Elitzya ]
Gil Targaryen
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