[A caverna do fim do mundo]
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[A caverna do fim do mundo]
A caverna do fim do mundo.
Panorama político:
A Rainha Aurora Carmesin está consolidando sua posição como regente de direito do reino dos homens com o apoio do conselho de justiça e câmara dos comerciantes que pareciam, num primeiro momento, se colocar contra sua continuidade alegando que um outro candidato ao trono havia aparecido.
Com o apoio de todos os líderes da cidade, ela tornou a vida nas cidades e vilas ligadas ao reino dos homens muito mais tranquila garantindo comida suprimentos de poções de cura e apoio irrestrito a todas as vilas que passaram a ter um ponto de contato mágico com a capital e caravanas regulares, tanto por meios mágicos como não mágicos o que fez com que o reino prosperasse.
Todos sabem que protetorado de Nailin é o maior inimigo de Elitzia e seu exército de mercenários ronda as fronteiras, embora grande parte deles esteja cercando o grande acampamento dos paladinos sendo esperado um grande confronto a qualquer momento.
As cidades do sul lutam contra uma perigosa praga que se dissemina sem controle ou cura e transforma todos os acometidos em pessoas que naõ conseguem se cuidar e os recursos de todas estas cidades é consumido nas tarefas de garantir proteção apra os doentes.
A cidade de Alcarin continua tomada pelas hordas dos seguidores de Tempesta e o conselho dos Orcs tem sempre que equilibrar seus recursos bélicos entre o apoio à rainha de Elitzia e a defesa das cidades principais dos orcs.
Solua está em meio aos ritos de escolha do novo líder, em substituição de Nestor que foi declarado morto, mas aguardam a volta de Teophilus, nunca aceitando a notícia oficial de sua morte.
Há notícias de grandes grupos de dragão se reunindo numa certa montanha ao sul do protetorado de Nailin e os elfos estão sendo vistos pelo mundo em missão ignorada.
Por todo o mundo, grandes encomendas tornam muito animada a vida dos que tem coragem para ir para locais ermos do mundo e condições de sobreviver aos perigos dela.
[missão: um caçador está contratando mercenários para uma missao de coleta de ervas numa caverna cuja localização não será revelada senão após ser aceita a proposta. Os contratantes deste caçador são comerciantes muito ricos e darão em adiantamento alguns itens especiais e pagarão todas as despesas de alimentação e transporte.]
Panorama político:
A Rainha Aurora Carmesin está consolidando sua posição como regente de direito do reino dos homens com o apoio do conselho de justiça e câmara dos comerciantes que pareciam, num primeiro momento, se colocar contra sua continuidade alegando que um outro candidato ao trono havia aparecido.
Com o apoio de todos os líderes da cidade, ela tornou a vida nas cidades e vilas ligadas ao reino dos homens muito mais tranquila garantindo comida suprimentos de poções de cura e apoio irrestrito a todas as vilas que passaram a ter um ponto de contato mágico com a capital e caravanas regulares, tanto por meios mágicos como não mágicos o que fez com que o reino prosperasse.
Todos sabem que protetorado de Nailin é o maior inimigo de Elitzia e seu exército de mercenários ronda as fronteiras, embora grande parte deles esteja cercando o grande acampamento dos paladinos sendo esperado um grande confronto a qualquer momento.
As cidades do sul lutam contra uma perigosa praga que se dissemina sem controle ou cura e transforma todos os acometidos em pessoas que naõ conseguem se cuidar e os recursos de todas estas cidades é consumido nas tarefas de garantir proteção apra os doentes.
A cidade de Alcarin continua tomada pelas hordas dos seguidores de Tempesta e o conselho dos Orcs tem sempre que equilibrar seus recursos bélicos entre o apoio à rainha de Elitzia e a defesa das cidades principais dos orcs.
Solua está em meio aos ritos de escolha do novo líder, em substituição de Nestor que foi declarado morto, mas aguardam a volta de Teophilus, nunca aceitando a notícia oficial de sua morte.
Há notícias de grandes grupos de dragão se reunindo numa certa montanha ao sul do protetorado de Nailin e os elfos estão sendo vistos pelo mundo em missão ignorada.
Por todo o mundo, grandes encomendas tornam muito animada a vida dos que tem coragem para ir para locais ermos do mundo e condições de sobreviver aos perigos dela.
[missão: um caçador está contratando mercenários para uma missao de coleta de ervas numa caverna cuja localização não será revelada senão após ser aceita a proposta. Os contratantes deste caçador são comerciantes muito ricos e darão em adiantamento alguns itens especiais e pagarão todas as despesas de alimentação e transporte.]
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Re: [A caverna do fim do mundo]
Conceito e Pacotes de perícias para personagens Humanos
Guerreiro egresso de exército
Personagem, geralmente homem, treinado no combate armado. Pode ter saído por ter terminado seu tempo regulamentar, por algum problema pessoal ou administrativo. Praticamente todos os grandes reinos mantém exércitos regulares.
Perícias obrigatórias para ex membros de exércitos:
Armas: Lança, Escudo, Espada curta, Arremesso de lança, sacar rápido espada, maça
Requisitos mínimos para soldados com este pacote de armas: ST 12
Armas: lança, arremesso de lança, arco, sacar rápido flechas
Requisitos mínimos para soldados com este pacote de armas: DX 12
Outras: primeiros socorros, escalada, tática militar, sobrevivência em floresta.
Nenhum exército, fora o de Nailin aceita quem seja treinado em armas de duas mãos ou machados.
Podem ser novos por ser entregues ao cuidado do exército desde novos.
Guerreiro mercenário
Personagem que teve que desenvolver habilidades de luta para sobreviver, geralmente defendendo vilas afastadas. Geralmente mais velhos pois tiveram que aprender uma profissão até a idade adulta.
Perícias obrigatórias para mercenários:
NH 15 de alguma profissão e outras habilidades coerentes com esta profissão na ficha.
Armas: Lança, Escudo, Espada curta, Arremesso de lança, espada de duas mãos, machado, machado de arremesso
Requisitos mínimos para soldados com este pacote de armas: ST 12
Armas: lança, arremesso de lança, arco, sacar rápido flechas
Requisitos mínimos para mercenários, para conseguir emprego com facilidade: honestidade
Outras: primeiros socorros, escalada, tática, sobrevivência em floresta, culinária, furtividade
Arcano mercenário
Jovem mago que terminou seus estudos e vende seus serviços para conseguir financiar a continuidade deles.
Requisitos: status não profissional em alguma guilda de magos
Armas: cajado.
Guerreiro egresso de exército
Personagem, geralmente homem, treinado no combate armado. Pode ter saído por ter terminado seu tempo regulamentar, por algum problema pessoal ou administrativo. Praticamente todos os grandes reinos mantém exércitos regulares.
Perícias obrigatórias para ex membros de exércitos:
Armas: Lança, Escudo, Espada curta, Arremesso de lança, sacar rápido espada, maça
Requisitos mínimos para soldados com este pacote de armas: ST 12
Armas: lança, arremesso de lança, arco, sacar rápido flechas
Requisitos mínimos para soldados com este pacote de armas: DX 12
Outras: primeiros socorros, escalada, tática militar, sobrevivência em floresta.
Nenhum exército, fora o de Nailin aceita quem seja treinado em armas de duas mãos ou machados.
Podem ser novos por ser entregues ao cuidado do exército desde novos.
Guerreiro mercenário
Personagem que teve que desenvolver habilidades de luta para sobreviver, geralmente defendendo vilas afastadas. Geralmente mais velhos pois tiveram que aprender uma profissão até a idade adulta.
Perícias obrigatórias para mercenários:
NH 15 de alguma profissão e outras habilidades coerentes com esta profissão na ficha.
Armas: Lança, Escudo, Espada curta, Arremesso de lança, espada de duas mãos, machado, machado de arremesso
Requisitos mínimos para soldados com este pacote de armas: ST 12
Armas: lança, arremesso de lança, arco, sacar rápido flechas
Requisitos mínimos para mercenários, para conseguir emprego com facilidade: honestidade
Outras: primeiros socorros, escalada, tática, sobrevivência em floresta, culinária, furtividade
Arcano mercenário
Jovem mago que terminou seus estudos e vende seus serviços para conseguir financiar a continuidade deles.
Requisitos: status não profissional em alguma guilda de magos
Armas: cajado.
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Re: [A caverna do fim do mundo]
[Prolegômenos]
O guerreiro sagrado de Nerume custou a esperar de pé acabar seu plantão. Quem visse a grande construção anexa no castelo podia imaginar que tudo eram flores para quem trabalhava ali, mas mesmo com toda ajuda da rainha, naõ mera fácil sustentar uma estrutura daquela: os gastos do templo eram enormes tanto co alimentação, como com bandagens especiais e tecido para montar as várias salas de cura que o templo possuia, sem falar das salas reservadas onde eram realizados estudos avançados e este no templo, era o único setor que tinha abundância.
Após um ataque às dependências do templo alguns anos atrás, a Rainha mandou organizar um corpo de defensores e alguns deles acabaram se tornando sacerdotes também, e fora o casso dele: Yohan: vivia com muitas dificuldades pulando de um emprego mal remunerado e incerto para outro até que começou a trabalhar no templo como ajudante de montagem de sala e depois como guardião. Dentro do templo despertou seus poderes e assumiu a função de guerreiro sagrado, mas até o momento naõ fora avaliado em suas funções de curandeiro, mesmo porque a agenda daquele templo era muito particular. Outros templos sempre enviavam seus curandeiros para outras vilas distantes e as vilas pagavam seu sustento, mas ele não fora avaliado para ser enviado e naõ tinha dinheiro para pagar sua passagem.
Quando se lembrou disto lembrou que naõ comera nada a noite toda: o trabalho de vigilância do portão que ele olhava com mais 3 era muito delicado e naõ permitia que ninguém saísse do posto e ele cobrira o horário dos colegas para que comessem algo: eles moram em condições mais precárias que ele que dividia uma casa pequena e simples num bairro afastado e era grato a Nerume por ter este teto.
mesmo que o teto fosse tão pequeno que exigia que 2 deles sempre estivesse de plantão para que os outros 2 dormissem. POdiam se alimentar juntos mas era só: o que ganhavam não dava para pagar o aluguel da casa por ser relativamente próxima do castelo e muito cara.
A rotina de todos que saiam do plantão era passar nos restaurantes Orcs e tentar comprar sobras de comida. Os orcs donos dos restaurantes eram um anacronismo: muito fortes, cara de maus mas cuidadosos a todo custo, odiavam desperdício e separavam os pratos naõ consumidos e vendiam ou doavam para os necessitados e ele, por enquanto era um deles: tanto o ritmo de vida como o treinamento exigia dele muito e ele decididamente não podia pagar por uma alimentação melhor, naõ fosse aquele recurso estaria em pior situação.
Caminhou até a entrada sul da cozinha do restaurante e quase trombou com um anão fedendo bebida. Não havia tempo de matar a curiosidade, quando a porta se abriu, sorriu para o velho orc Cozinheiro que tinha separado já uma grande sacola com o que ele sempre levava para comerem o dia todo.
_ Amanhã teremos uma grande festa e devemos ter mais variedade, Yohan. Como estão as coisas?
_ Do mesmo modo...
_ O templo precisava olhar sua situação, você tem muito talento! está desperdiçado na função que exerce...
O guerreiro sagrado sabia que podia ser verdade: ouvira histórias variadas sobre os outros templos, mas ir para o sul seria uma temeridade: a praga assolava vilas e mais vilas ali e quem ia para lá era sem previsão de volta porque sem uam cura ninguém queria ser o responsável por espalhar a peste na capital.
_ Sou feliz, porque tenho trabalho...
O orc entregou a sacola, pegou o pagamento e despediu-se, fechando a porta.
No caminho para sua casa, o guerreiro sagrado viu a cidade acordar: ele saia muito cedo, chegaria em casa por volta das 7 e trinta e quando entrou estavam todos acordados já, comiam e ele iria dormir enquanto o mais velho deles, e que alugara a casa iria para o serviço.
Estavam acabando de comer quando este mais velho falou:
_ Recebi uma leva de mais 30 recrutas.
Yorran engoliu em seco. Ele ouvira a notícia destes recrutas em treinamento mas naõ achava que seriam tão rápidos no treinamento inicial: iriam dar os plantões que els ganhavam para dar.
_ Sei que será um problema, mas não posso garantir o mesmo número de plantões para todos e a chefia do templo fala em enviar alguns de vocês para Nova Kerna.
Um dos colegas de casa jogou o talher no prato e levantou-se contrariado.
_ Eu não vou! Porque naõ fazem alojamentos e refeitórios para todos nós lá no templo mesmo! Os soldados tem refeitórios!
_ Ouvi falar de seleção para curandeiro do exército!
_ Você sabe que as curandeiras sempre vencem as seleções, guerreiros que curam fazem mal a luta e a cura...Não podemos matar mas também naõ curamos direito...
Os 3 se calaram diante daquele desabafo. Yorran ficou preocupado mas não gostava de mostrar isto: ele daria num jeito: era novo, forte, poderia arrumar um outro serviço até melhorarem as cosias. terminou o almoço despediu-se de todos e deitou um pouco tendo um sono atormentado em que a imagem de Nerume era mutilada pelos sacerdotes, cada um arrancando uma parte dela para guardar para si.
O guerreiro sagrado de Nerume custou a esperar de pé acabar seu plantão. Quem visse a grande construção anexa no castelo podia imaginar que tudo eram flores para quem trabalhava ali, mas mesmo com toda ajuda da rainha, naõ mera fácil sustentar uma estrutura daquela: os gastos do templo eram enormes tanto co alimentação, como com bandagens especiais e tecido para montar as várias salas de cura que o templo possuia, sem falar das salas reservadas onde eram realizados estudos avançados e este no templo, era o único setor que tinha abundância.
Após um ataque às dependências do templo alguns anos atrás, a Rainha mandou organizar um corpo de defensores e alguns deles acabaram se tornando sacerdotes também, e fora o casso dele: Yohan: vivia com muitas dificuldades pulando de um emprego mal remunerado e incerto para outro até que começou a trabalhar no templo como ajudante de montagem de sala e depois como guardião. Dentro do templo despertou seus poderes e assumiu a função de guerreiro sagrado, mas até o momento naõ fora avaliado em suas funções de curandeiro, mesmo porque a agenda daquele templo era muito particular. Outros templos sempre enviavam seus curandeiros para outras vilas distantes e as vilas pagavam seu sustento, mas ele não fora avaliado para ser enviado e naõ tinha dinheiro para pagar sua passagem.
Quando se lembrou disto lembrou que naõ comera nada a noite toda: o trabalho de vigilância do portão que ele olhava com mais 3 era muito delicado e naõ permitia que ninguém saísse do posto e ele cobrira o horário dos colegas para que comessem algo: eles moram em condições mais precárias que ele que dividia uma casa pequena e simples num bairro afastado e era grato a Nerume por ter este teto.
mesmo que o teto fosse tão pequeno que exigia que 2 deles sempre estivesse de plantão para que os outros 2 dormissem. POdiam se alimentar juntos mas era só: o que ganhavam não dava para pagar o aluguel da casa por ser relativamente próxima do castelo e muito cara.
A rotina de todos que saiam do plantão era passar nos restaurantes Orcs e tentar comprar sobras de comida. Os orcs donos dos restaurantes eram um anacronismo: muito fortes, cara de maus mas cuidadosos a todo custo, odiavam desperdício e separavam os pratos naõ consumidos e vendiam ou doavam para os necessitados e ele, por enquanto era um deles: tanto o ritmo de vida como o treinamento exigia dele muito e ele decididamente não podia pagar por uma alimentação melhor, naõ fosse aquele recurso estaria em pior situação.
Caminhou até a entrada sul da cozinha do restaurante e quase trombou com um anão fedendo bebida. Não havia tempo de matar a curiosidade, quando a porta se abriu, sorriu para o velho orc Cozinheiro que tinha separado já uma grande sacola com o que ele sempre levava para comerem o dia todo.
_ Amanhã teremos uma grande festa e devemos ter mais variedade, Yohan. Como estão as coisas?
_ Do mesmo modo...
_ O templo precisava olhar sua situação, você tem muito talento! está desperdiçado na função que exerce...
O guerreiro sagrado sabia que podia ser verdade: ouvira histórias variadas sobre os outros templos, mas ir para o sul seria uma temeridade: a praga assolava vilas e mais vilas ali e quem ia para lá era sem previsão de volta porque sem uam cura ninguém queria ser o responsável por espalhar a peste na capital.
_ Sou feliz, porque tenho trabalho...
O orc entregou a sacola, pegou o pagamento e despediu-se, fechando a porta.
No caminho para sua casa, o guerreiro sagrado viu a cidade acordar: ele saia muito cedo, chegaria em casa por volta das 7 e trinta e quando entrou estavam todos acordados já, comiam e ele iria dormir enquanto o mais velho deles, e que alugara a casa iria para o serviço.
Estavam acabando de comer quando este mais velho falou:
_ Recebi uma leva de mais 30 recrutas.
Yorran engoliu em seco. Ele ouvira a notícia destes recrutas em treinamento mas naõ achava que seriam tão rápidos no treinamento inicial: iriam dar os plantões que els ganhavam para dar.
_ Sei que será um problema, mas não posso garantir o mesmo número de plantões para todos e a chefia do templo fala em enviar alguns de vocês para Nova Kerna.
Um dos colegas de casa jogou o talher no prato e levantou-se contrariado.
_ Eu não vou! Porque naõ fazem alojamentos e refeitórios para todos nós lá no templo mesmo! Os soldados tem refeitórios!
_ Ouvi falar de seleção para curandeiro do exército!
_ Você sabe que as curandeiras sempre vencem as seleções, guerreiros que curam fazem mal a luta e a cura...Não podemos matar mas também naõ curamos direito...
Os 3 se calaram diante daquele desabafo. Yorran ficou preocupado mas não gostava de mostrar isto: ele daria num jeito: era novo, forte, poderia arrumar um outro serviço até melhorarem as cosias. terminou o almoço despediu-se de todos e deitou um pouco tendo um sono atormentado em que a imagem de Nerume era mutilada pelos sacerdotes, cada um arrancando uma parte dela para guardar para si.
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Re: [A caverna do fim do mundo]
O anão quase fora atropelado pelo que parecera um guerreiro sem armadura. devia ser um guerreiro sagrado, aquela cidade estava cheia deles. Ele nunca entendera direito o que motivava uma pessoa a seguir uma divindade: sua Lãmina estava a serviço de sua nação e só.
Ele era um Fendepedras e ele não iria explicar mais a origem de seu nome: seu pai e 2 irmãos eram alquimistas especializados em destruir grandes pedras, ele resolvera fazer diferente: seu machado naõ fendia pedras, era tolice fazer isto com um machado: haviam talhadeiras e mesmo técnicas de fazer isto usando brocas madeira e água, mas ele achava estúpido demais explicar isto para os que moravam na superfície. Eles tinham á sua volta a extrema insegurança do ar, nunca entenderiam o que era estar protegido por rochas que você mesmo talhou ou moldou.
Sua cabeça doia um pouco e o efeito da bebida passava, ele buscava naõ beber de dia, e sempre mastigava algumas ervas que tiravam o cheiro de álcool de sua boca e barba, mas ele desconfiava que naõ era tão fácil fazer isto. Não fosse sua grande habilidade de ligar com pessoas, ele desconfiava que não conseguiria nenhum trabalho e não estava numa boa fase: todo dinheiro que ganhava a mais era dirigido para pagar a bebida da qual naõ pensava em se livrar.
Enfiou a mão nos bolsos e naõ encontrou nada. precisaria voltar apra a taverna onde procurava emprego. estava tomando este cuidado: só bebia na mesma taberna e nunca bebia na taberna em que buscava trabalho: naõ era um comerciante mas entendia que não era muito certo fazer diferente.
O caminho até a taberna foi tranquilo: estava muito cedo e ninguém se importava muito com um anão cheirando álcool barato andando pelos cantos em direção a uma taberna.
Quando entrou, olhou à volta e viu que haviam mesas com algumas pessoas à volta, mas uma delas tinha pessoas mais ansiosas: era a mesa que ele esperaria. Não havia muita convicção nos que estavam nas outras mesas conversando e ele aprendera que os melhores caçadores da capital eram disputados.
Ele era um Fendepedras e ele não iria explicar mais a origem de seu nome: seu pai e 2 irmãos eram alquimistas especializados em destruir grandes pedras, ele resolvera fazer diferente: seu machado naõ fendia pedras, era tolice fazer isto com um machado: haviam talhadeiras e mesmo técnicas de fazer isto usando brocas madeira e água, mas ele achava estúpido demais explicar isto para os que moravam na superfície. Eles tinham á sua volta a extrema insegurança do ar, nunca entenderiam o que era estar protegido por rochas que você mesmo talhou ou moldou.
Sua cabeça doia um pouco e o efeito da bebida passava, ele buscava naõ beber de dia, e sempre mastigava algumas ervas que tiravam o cheiro de álcool de sua boca e barba, mas ele desconfiava que naõ era tão fácil fazer isto. Não fosse sua grande habilidade de ligar com pessoas, ele desconfiava que não conseguiria nenhum trabalho e não estava numa boa fase: todo dinheiro que ganhava a mais era dirigido para pagar a bebida da qual naõ pensava em se livrar.
Enfiou a mão nos bolsos e naõ encontrou nada. precisaria voltar apra a taverna onde procurava emprego. estava tomando este cuidado: só bebia na mesma taberna e nunca bebia na taberna em que buscava trabalho: naõ era um comerciante mas entendia que não era muito certo fazer diferente.
O caminho até a taberna foi tranquilo: estava muito cedo e ninguém se importava muito com um anão cheirando álcool barato andando pelos cantos em direção a uma taberna.
Quando entrou, olhou à volta e viu que haviam mesas com algumas pessoas à volta, mas uma delas tinha pessoas mais ansiosas: era a mesa que ele esperaria. Não havia muita convicção nos que estavam nas outras mesas conversando e ele aprendera que os melhores caçadores da capital eram disputados.
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Re: [A caverna do fim do mundo]
Olhou à volta e respirou fundo. O cheiro de álcool fez sua atenção voltar-se para onde o barman servia as bebidas mais fortes. Ele estava sem dinheiro, precisava manter a atenção e a linha ali se não quisesse passar fome a próxima noite. Ouvira notícias da generosidade dos orcs, mas ee era um Fendepedras, não iria viver de migalhas.
Aguçou a visão e percebeu o movimento nervoso em torno de uma mesa nos fundos. Não tinha tempo para jogos. Pegou o resto da erva que tinha no bolso, passou na barba anulando o cheiro de álcool que pudesse estar impregnado nela e caminhou direto para ela. Durante o caminho percebeu que era um homem forte que estava contratando. Tinha treinamento de caserna, com certeza. NInguem sentava numa mesa daquele modo em uma mesa de bar: ele estava emperdigado. E seu manto mal disfarçava a armadura de placas de aço e sua mão estavaa um palmo de sua espada larga.
Claro, que se ele usasse a espada ali, teria que ser com ela embainhada porque aquele coisa tinha uma envergadura tal que arrancaria braços e cabeças demais na trajetória de defesa ou de ataque. Todo mundo sabia isto, por isto haviam poucas pessoas se aproxi8mando dele.
Chegou perto da mesa e encarou o homem. Seu rosto era duro e realmente era do exército, mas não podia ver que exército ele servia.
_ quem te enviou?
_ Eu mesmo.
_ Estou atendendo apenas pessoas recomendadas.
_ Quem tem que recomendar? Em minha cultura, não é assim que funciona: nenhum Fendepedras é indicado, nosso nome nos indica.
_ Achei que seu clã não saia das cavernas mais profundas.
_ Eu saí, tenho o emprego?
_ Não quer saber para que?
_ Não! Preciso do dinheiro!
O homem pareceu surpreso e Lorin orou para os deuses que ele não alongasse sua humilhação.
_ Aguarde na mesa ao lado, contratarei mais um e vamos partir.
O anão e olhou para a mesa indicada, onde um jovem arqueiro aguardava, comendo um pequeno pedaço de um grande animal assado. Sorriu e começou a comer também.
Não passou muito tempo, viu entrar o sacerdote que vira mais cedo pedindo comida no restaurante dos ORCs, ele não carregava sua maça nem nenhum dos artefatos que já vira os sacerdotes poderosos usarem. Ele assentou e sussurrou seu pedido. Não era ético ele ouvir a conversa dele, mas eles pareciam tão parecidos: porque um sacerdote pedia emprego? Eles não eram cuidados pelo governo?
A conversa com o sacerdote foi mais breve que a dele, mas era para ser: nenhum sacerdote de nerume era uma pessoa má. Seus votos impediam isto. Logo o sacerdote assentou-se com eles e, tímido, recusou comer.
O seu contratante esperou que eles comessem e depois convidou-os a acompanha-lo a uma sala nos fundos da taberna.
Assim que entraram, o seu contratante fechou a porta e indicou uma mesa onde deveriam se assentar.
_ Nossa missão é simples: devemos colher uma erva rara que cresce no fundo de uma caverna.
_ Que erva?
_ Uma bem rara!
_ Rapaz! Sou um anão e meu hobbie são estas ervas raras, você pode se surpreender se me contar.
_ Mas não vou! Temos nosso próprio herborista e seu assistente.
_ Você paga eu não questiono.
O contratante sorriu e o anão finalmente devolveu seu sorriso.
_ Você está com seu machado, cada um de vocês receberá 100 moedas para se equipar menos o sacerdote que receberá 30 moedas e acesso ao equipamento sagrado.
O sacerdote levantou-se e a seu modo tímido, era evidente que não concordava com aquilo.
_ Armas sagradas não podem deixar o templo.
_ As ervas são para o templo, Yorran. Já mandei buscar seus equipamentos e solicitei sua dispensa de suas funções.
_ mas, meus deveres...
_ Não se preocupe! Servirá ao templo. – O argumento do soldado acalmou o sacerdote, e ele virou para mim- você não precisa de um escudo não?
_ Não gosto não. Meu machado tem um cabo bem longo. Se este curandeiro funcionar direito, deitamos qualquer animal que eu não conseguir evitar nas cavernas e que seu arqueiro de Caelse não abater. Seu herborista pode ficar bem longe ou nem vir.
_ ele virá. A herva precisa ser pre-preparada para ser transportada ou perde as propriedades.
O anão entendeu que era hora de esperar. Buscou uma cadeira e pegou seu kit para afiar o machado. Colocou-o sobre as pernas e começou a afiar.
Aguçou a visão e percebeu o movimento nervoso em torno de uma mesa nos fundos. Não tinha tempo para jogos. Pegou o resto da erva que tinha no bolso, passou na barba anulando o cheiro de álcool que pudesse estar impregnado nela e caminhou direto para ela. Durante o caminho percebeu que era um homem forte que estava contratando. Tinha treinamento de caserna, com certeza. NInguem sentava numa mesa daquele modo em uma mesa de bar: ele estava emperdigado. E seu manto mal disfarçava a armadura de placas de aço e sua mão estavaa um palmo de sua espada larga.
Claro, que se ele usasse a espada ali, teria que ser com ela embainhada porque aquele coisa tinha uma envergadura tal que arrancaria braços e cabeças demais na trajetória de defesa ou de ataque. Todo mundo sabia isto, por isto haviam poucas pessoas se aproxi8mando dele.
Chegou perto da mesa e encarou o homem. Seu rosto era duro e realmente era do exército, mas não podia ver que exército ele servia.
_ quem te enviou?
_ Eu mesmo.
_ Estou atendendo apenas pessoas recomendadas.
_ Quem tem que recomendar? Em minha cultura, não é assim que funciona: nenhum Fendepedras é indicado, nosso nome nos indica.
_ Achei que seu clã não saia das cavernas mais profundas.
_ Eu saí, tenho o emprego?
_ Não quer saber para que?
_ Não! Preciso do dinheiro!
O homem pareceu surpreso e Lorin orou para os deuses que ele não alongasse sua humilhação.
_ Aguarde na mesa ao lado, contratarei mais um e vamos partir.
O anão e olhou para a mesa indicada, onde um jovem arqueiro aguardava, comendo um pequeno pedaço de um grande animal assado. Sorriu e começou a comer também.
Não passou muito tempo, viu entrar o sacerdote que vira mais cedo pedindo comida no restaurante dos ORCs, ele não carregava sua maça nem nenhum dos artefatos que já vira os sacerdotes poderosos usarem. Ele assentou e sussurrou seu pedido. Não era ético ele ouvir a conversa dele, mas eles pareciam tão parecidos: porque um sacerdote pedia emprego? Eles não eram cuidados pelo governo?
A conversa com o sacerdote foi mais breve que a dele, mas era para ser: nenhum sacerdote de nerume era uma pessoa má. Seus votos impediam isto. Logo o sacerdote assentou-se com eles e, tímido, recusou comer.
O seu contratante esperou que eles comessem e depois convidou-os a acompanha-lo a uma sala nos fundos da taberna.
Assim que entraram, o seu contratante fechou a porta e indicou uma mesa onde deveriam se assentar.
_ Nossa missão é simples: devemos colher uma erva rara que cresce no fundo de uma caverna.
_ Que erva?
_ Uma bem rara!
_ Rapaz! Sou um anão e meu hobbie são estas ervas raras, você pode se surpreender se me contar.
_ Mas não vou! Temos nosso próprio herborista e seu assistente.
_ Você paga eu não questiono.
O contratante sorriu e o anão finalmente devolveu seu sorriso.
_ Você está com seu machado, cada um de vocês receberá 100 moedas para se equipar menos o sacerdote que receberá 30 moedas e acesso ao equipamento sagrado.
O sacerdote levantou-se e a seu modo tímido, era evidente que não concordava com aquilo.
_ Armas sagradas não podem deixar o templo.
_ As ervas são para o templo, Yorran. Já mandei buscar seus equipamentos e solicitei sua dispensa de suas funções.
_ mas, meus deveres...
_ Não se preocupe! Servirá ao templo. – O argumento do soldado acalmou o sacerdote, e ele virou para mim- você não precisa de um escudo não?
_ Não gosto não. Meu machado tem um cabo bem longo. Se este curandeiro funcionar direito, deitamos qualquer animal que eu não conseguir evitar nas cavernas e que seu arqueiro de Caelse não abater. Seu herborista pode ficar bem longe ou nem vir.
_ ele virá. A herva precisa ser pre-preparada para ser transportada ou perde as propriedades.
O anão entendeu que era hora de esperar. Buscou uma cadeira e pegou seu kit para afiar o machado. Colocou-o sobre as pernas e começou a afiar.
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Re: [A caverna do fim do mundo]
Capítulo 2 – O guerreiro sagrado
Yorran estava mais tranquilo, quando recebeu a indicação de estar ali imaginava que fosse mesmo ser convidado para um evento assim. Todos os sacerdotes da ordem eram convidados, às vezes, eram ordenados fazer certos trabalhos, seja em sonho, seja por orientação dos superiores da ordem, não importava, o código da ordem exigia obediência, particularmente de sua subordem – ele era um misto de curandeiro e guerreiro, não possuía a habilidade de manifestar o aspecto sombrio com a facilidade que os sacerdotes puros conseguiam, ao menos não com segurança, se se podia chamar arriscar secar todas suas carnes e se tornar um meio morto, uma aberração que perdia a conexão com Nerume e se tornava uma criatura sem a cor da sua fé.
No caso dele, a saída cumpria outro propósito, a perda dos plantões que fazia na segurança do templo exigia que ele saísse ou não conseguiria pagar a moradia que, pela proximidade com o templo tinha garantido seu crescimento nos seus poderes curativos por facilitar a ele a presença nos cultos onde fortalecia sua conexão. Nunca chegaria perto dos curandeiros lendários, mas ajudaria muita gente.
O cavaleiro que o contratara era próximo da guarda do templo, provavelmente da guarda real, e, sendo assim, era seu dever servir sem cobrar nada, e envergonhado, pensava como aquele dinheiro faria bem. Teria que devolver o dinheiro.
Estava pensando assim quando a porta se abriu e entrou um homem alto e magro coberto por um manto azul claro. Uma faixa na cintura e o cajado deixavam claro que ele era um praticante das artes arcanas. Logo após ele entrou o seu contratante segurando uma caixa com o símbolo do templo.
O mago caminhou até ele, sorridente.
_ Teremos a bênção de Nerume nos acompanhando?
O mago se referia à pedra de encantamento que todos os curandeiros podiam fazer provendo aos seus companheiros de uma cura rápida, proteção contra possessão e facilidade para regenerar membros e funções de membros, o que era muito útil nos enfrentamentos que ocorriam nas missões em locais mais difíceis, e a presença dele garantia que aquela era uma delas.
Peguei a caixa que me foi entregue pelo contratante e coloquei minha maça no suporte non cinto e prendi a porreira de prata mágica em meu pulso e encarei o mago.
_ Sim, meu senhor! E devemos fazer isto antes de sair. Posso começar com o senhor? - Disse isto e peguei um dos colares que carregava comigo em minha mochila que continha a pedra que receberia o encanto. Só precisava colocar o colar na pessoa, recitar as preces sagradas indicadas.
O mago riu e fez um gesto negativo.
_ Não, não, sacerdote. Use suas bênçãos com os outros, vou dispensar desta vez estes seus serviços, tudo bem?
Os magos nunca recusavam aquele serviço, sua vida de estudos os tornava particularmente vulneráveis a ataques físicos, mas eu não era pago para questionar. Caminhei até o arqueiro que aceitou minha bênção de bom grado. O procedimento era simples e rápido. Assim que terminei, fui até o anão que parou de afiar o machado e me encarou. Estava sentado segurando uma pedra de amolar com uma mão e o machado com a outra. Sua mão forte e estrutura óssea visivelmente avantajada me fazia pensar se ele precisaria da bênção contra desmembramentos.
_ Você fará algum tipo de sortilégio sobre mim?
_ A Bênção de Nerume pode ser muito útil em combate, senhor...
_ ... Uriel Fendepedras. Você come pouco para alguém tão poderoso, mas de novo, vai colocar algum feitiço em mim?
_ Não, apenas um encanto automático que favoreceria efeitos mágicos que normalmente só podemos fazer nos grandes templos.
_ Trazer da morte?
_ Amberil...
_ Acreditamos que vamos para a Grande caverna escura e não para este seu Amberil.
Ele ouvira sobre esta crença de alguns grupos de anões, mas fora orientado a não discutir, eles serem infiéis e ignorantes não os impedia de receber as bênçãos de Nerume.
_ Como sejam senhor, posso colocar apenas encantamentos de grande cura.
O anão pareceu relutar um pouco mas depois assentiu.
_ Faça então, não sei se posso dispensar ajuda como nosso amigo fraquinho ali. E apontou o mago que parecia se divertir com o diálogo deles.
Yorran pegou o colar e entregou ao anão que a colocou. Quando ele o fez, moveu rapidamente os dedos descrevendo no ar a runa mágica de análise de saúde antes da prece de grande cura. Só outro sacerdote saberia que ele fizera uma avaliação do anão, Não era um expert em patologias anãs, mas sabia que aquele anão não estava bem. Suas forças vitais estavam por um fio. Como não pedira permissão resolveu guardar para si mesmo. Estava encrencado agora, tinha 2 dilemas – tinha que devolver o dinheiro que o manteria até terminar seu treinamento e tinha que pensar como contar ao anão que restavam poucos meses de vida para ele.
O seu contratante os chamou para a ultima conversa.
_ O mago que os acompanha sabe a localização de uma erva que é muito necessária no templo para inscrever na estátua de nerume um novo encanto que fará avançar a compreensão de várias doenças muito cruéis e achamos permitirá fazer curas mais rápidas e eficientes e, por isto, ele liderará a missão, eu parto e ele criará o portal que os levará até o portão por onde sairão da cidade. Seu pagamento está sobre a mesa, menos o do sacerdote que está na bolsa dentro da caixa com a maça. Eu me vou e Nerilin Abrelan assume a partir de agora.
Yorran estava mais tranquilo, quando recebeu a indicação de estar ali imaginava que fosse mesmo ser convidado para um evento assim. Todos os sacerdotes da ordem eram convidados, às vezes, eram ordenados fazer certos trabalhos, seja em sonho, seja por orientação dos superiores da ordem, não importava, o código da ordem exigia obediência, particularmente de sua subordem – ele era um misto de curandeiro e guerreiro, não possuía a habilidade de manifestar o aspecto sombrio com a facilidade que os sacerdotes puros conseguiam, ao menos não com segurança, se se podia chamar arriscar secar todas suas carnes e se tornar um meio morto, uma aberração que perdia a conexão com Nerume e se tornava uma criatura sem a cor da sua fé.
No caso dele, a saída cumpria outro propósito, a perda dos plantões que fazia na segurança do templo exigia que ele saísse ou não conseguiria pagar a moradia que, pela proximidade com o templo tinha garantido seu crescimento nos seus poderes curativos por facilitar a ele a presença nos cultos onde fortalecia sua conexão. Nunca chegaria perto dos curandeiros lendários, mas ajudaria muita gente.
O cavaleiro que o contratara era próximo da guarda do templo, provavelmente da guarda real, e, sendo assim, era seu dever servir sem cobrar nada, e envergonhado, pensava como aquele dinheiro faria bem. Teria que devolver o dinheiro.
Estava pensando assim quando a porta se abriu e entrou um homem alto e magro coberto por um manto azul claro. Uma faixa na cintura e o cajado deixavam claro que ele era um praticante das artes arcanas. Logo após ele entrou o seu contratante segurando uma caixa com o símbolo do templo.
O mago caminhou até ele, sorridente.
_ Teremos a bênção de Nerume nos acompanhando?
O mago se referia à pedra de encantamento que todos os curandeiros podiam fazer provendo aos seus companheiros de uma cura rápida, proteção contra possessão e facilidade para regenerar membros e funções de membros, o que era muito útil nos enfrentamentos que ocorriam nas missões em locais mais difíceis, e a presença dele garantia que aquela era uma delas.
Peguei a caixa que me foi entregue pelo contratante e coloquei minha maça no suporte non cinto e prendi a porreira de prata mágica em meu pulso e encarei o mago.
_ Sim, meu senhor! E devemos fazer isto antes de sair. Posso começar com o senhor? - Disse isto e peguei um dos colares que carregava comigo em minha mochila que continha a pedra que receberia o encanto. Só precisava colocar o colar na pessoa, recitar as preces sagradas indicadas.
O mago riu e fez um gesto negativo.
_ Não, não, sacerdote. Use suas bênçãos com os outros, vou dispensar desta vez estes seus serviços, tudo bem?
Os magos nunca recusavam aquele serviço, sua vida de estudos os tornava particularmente vulneráveis a ataques físicos, mas eu não era pago para questionar. Caminhei até o arqueiro que aceitou minha bênção de bom grado. O procedimento era simples e rápido. Assim que terminei, fui até o anão que parou de afiar o machado e me encarou. Estava sentado segurando uma pedra de amolar com uma mão e o machado com a outra. Sua mão forte e estrutura óssea visivelmente avantajada me fazia pensar se ele precisaria da bênção contra desmembramentos.
_ Você fará algum tipo de sortilégio sobre mim?
_ A Bênção de Nerume pode ser muito útil em combate, senhor...
_ ... Uriel Fendepedras. Você come pouco para alguém tão poderoso, mas de novo, vai colocar algum feitiço em mim?
_ Não, apenas um encanto automático que favoreceria efeitos mágicos que normalmente só podemos fazer nos grandes templos.
_ Trazer da morte?
_ Amberil...
_ Acreditamos que vamos para a Grande caverna escura e não para este seu Amberil.
Ele ouvira sobre esta crença de alguns grupos de anões, mas fora orientado a não discutir, eles serem infiéis e ignorantes não os impedia de receber as bênçãos de Nerume.
_ Como sejam senhor, posso colocar apenas encantamentos de grande cura.
O anão pareceu relutar um pouco mas depois assentiu.
_ Faça então, não sei se posso dispensar ajuda como nosso amigo fraquinho ali. E apontou o mago que parecia se divertir com o diálogo deles.
Yorran pegou o colar e entregou ao anão que a colocou. Quando ele o fez, moveu rapidamente os dedos descrevendo no ar a runa mágica de análise de saúde antes da prece de grande cura. Só outro sacerdote saberia que ele fizera uma avaliação do anão, Não era um expert em patologias anãs, mas sabia que aquele anão não estava bem. Suas forças vitais estavam por um fio. Como não pedira permissão resolveu guardar para si mesmo. Estava encrencado agora, tinha 2 dilemas – tinha que devolver o dinheiro que o manteria até terminar seu treinamento e tinha que pensar como contar ao anão que restavam poucos meses de vida para ele.
O seu contratante os chamou para a ultima conversa.
_ O mago que os acompanha sabe a localização de uma erva que é muito necessária no templo para inscrever na estátua de nerume um novo encanto que fará avançar a compreensão de várias doenças muito cruéis e achamos permitirá fazer curas mais rápidas e eficientes e, por isto, ele liderará a missão, eu parto e ele criará o portal que os levará até o portão por onde sairão da cidade. Seu pagamento está sobre a mesa, menos o do sacerdote que está na bolsa dentro da caixa com a maça. Eu me vou e Nerilin Abrelan assume a partir de agora.
Mestre_do_jogo- Mensagens : 262
Data de inscrição : 20/05/2012
Idade : 60
Localização : Catalão
Re: [A caverna do fim do mundo]
Capítulo 3 – O mago
_ Bem, vou ser breve ao me apresentar porque a viagem será longa. Podem me chamar Neri e domino o campo do ar além do herborismo, como já foi falado. Nâo espero muitos problemas em nossa jornada, mas todos conhecem a maldição que nossas florestas sofrem sem falar dos perigos que as velhas ruínas élficas escondem. Não iremos para as ruínas, porém, embora seja necessário usarmos as ruínas como refúgio por causa de ser a época de caça dos grandes gatos predadores.
O arqueiro mudou imediatamente sua postura corporal
_ Iremos em território dos predadores?
_ Sim. Algum problema?
_ Sim. Você viu se as luas...
_ Não, eles não~estão totalmente despertos, há muitos na floresta, porém.
_ Pensou em chamar um druida para nos acompanhar?
_ Nenhum druida controla os gatos predadores...
_ Mas poderiam nos avisar da vinda deles..
_ Eu vou anular nosso cheiro.
_ Toda a viagem?
_ Sim, toda ela, criei amuletos que tornam esta magia muito mias fácil para mim e, a jmenos que trombemos com uma matilha deles, eles nem saberão que entramos em seu território.
O anão balançou a cabeça e resmungou _ mais uma jóia? sairemos da cidade parecendo a rainha...
O mago apertou os olhos sem deixar de rir e encarou o anão enquanto entregava o amuleto para cada um deles.
_ A rainha usa poucas jóias, caro Urin.
O anão pegou a sua jóia e colocou numa peça de tecido abaixo da armadura enquanto continuava a resmungar:
_ Como se você tivesse acesso à rainha.
Yorran já vira a rainha uma vez. Altiva, nobre e muito bela, mas seus olhos, pelo menos um deles expressava uma tristeza tão grande que Yorran evitava encará-la quando ela ia ajudar nas curas mais difíceis, das quais saia completamente esgotada. Sua raça era de curandeiros naturais.
_ Bem, vou ser breve ao me apresentar porque a viagem será longa. Podem me chamar Neri e domino o campo do ar além do herborismo, como já foi falado. Nâo espero muitos problemas em nossa jornada, mas todos conhecem a maldição que nossas florestas sofrem sem falar dos perigos que as velhas ruínas élficas escondem. Não iremos para as ruínas, porém, embora seja necessário usarmos as ruínas como refúgio por causa de ser a época de caça dos grandes gatos predadores.
O arqueiro mudou imediatamente sua postura corporal
_ Iremos em território dos predadores?
_ Sim. Algum problema?
_ Sim. Você viu se as luas...
_ Não, eles não~estão totalmente despertos, há muitos na floresta, porém.
_ Pensou em chamar um druida para nos acompanhar?
_ Nenhum druida controla os gatos predadores...
_ Mas poderiam nos avisar da vinda deles..
_ Eu vou anular nosso cheiro.
_ Toda a viagem?
_ Sim, toda ela, criei amuletos que tornam esta magia muito mias fácil para mim e, a jmenos que trombemos com uma matilha deles, eles nem saberão que entramos em seu território.
O anão balançou a cabeça e resmungou _ mais uma jóia? sairemos da cidade parecendo a rainha...
O mago apertou os olhos sem deixar de rir e encarou o anão enquanto entregava o amuleto para cada um deles.
_ A rainha usa poucas jóias, caro Urin.
O anão pegou a sua jóia e colocou numa peça de tecido abaixo da armadura enquanto continuava a resmungar:
_ Como se você tivesse acesso à rainha.
Yorran já vira a rainha uma vez. Altiva, nobre e muito bela, mas seus olhos, pelo menos um deles expressava uma tristeza tão grande que Yorran evitava encará-la quando ela ia ajudar nas curas mais difíceis, das quais saia completamente esgotada. Sua raça era de curandeiros naturais.
Mestre_do_jogo- Mensagens : 262
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Re: [A caverna do fim do mundo]
_ Eu conheço a rainha, mas isto não importa agora. Se terminamos com as bênçãos, vou conjurar o portal que nos levará para a saída de onde continuaremos nossa jornada. Para todos os efeitos somos mercadores em busca de um carregamento de um suprimento de caules de Terina para renovar os grandes lençóis mágicos da capela principal de cura do templo de Nerume. E realmente traremos este carregamento na volta, de modo que ninguém estará mentindo – o mago olhou para o sacerdote de Nerume. Todos sabiam como estes sacerdotes não cometiam nenhum ato desonesto, por menor que fosse- ninguém se manifestou e então o arcano continuou – nosso destino é outro, uma caverna para a qual encontramos referência em pergaminhos muito antigos que foram encontrados recentemente na biblioteca da academia real de magia.
O arcano olhou para cada um dos membros de seu grupo e, diante do novo silêncio deles, calou-se e conjurou um portal no qual entrou após seus companheiros de jornada seguirem por ele.
O grupo se viu dentro de um porão vazio, mas todos repararam que a sala onde o portal aparecera fora esvaziada recentemente. Haviam muitas marcas de móveis. O portal desapareceu assim que o arcano passou por ele e foi este que seguiu caminhando direto para o corredor largo que havia no cômodo que os conduziu para o térreo e ali, novamente, cortinas pesadas ocultavam outros cômodos que deviam existir e estar ocupados, todo o grupo acompanhou o mago alcançando a rua por uma pequena porta.
Os ruídos da cidade próximos à muralha eram bem diferentes do centro e arredores do templo, o grupo caminhou direto para o portão e foram abordados por sentinelas que encararam o arcano que mostrou seu documento de identidade.
_ Senhor Neri. Está em missão oficial para o templo?
_ Não! Estou numa missão de oportunidade para o templo. Não há caravanas oficiais disponíveis para trazer os reagentes e, como preciso do dinheiro, contratei estes senhores e vamos melhorar nossa condição pessoal.
O riso aberto do mago contrastava com a face séria do sentinela, que olhou mais uma vez s identidade e o documento que fora entregue junto. Pele não parecia ter gostado do que ouvira, mas devolveu os papé8is para o mago num movimento brusco e mandou que seguissem.
O portão principal estava fechado, assim passaram por uma pequena porta que se abria no portão reforçado. À noite este portão era fechado para impedir que as criaturas da floresta entrassem, motivo que a maioria das caravanas partiam sempre pela manhã.
Assim que passaram pelo portão, caminharam rápida e silenciosamente por uma região onde as árvores eram menos densas mas logo sumiram em meio à profissão vegetal da floresta amaldiçoada que cercava todas as cidades daquele continente. A maldição fazia com que ela sempre regenerasse independente do que provocasse dano nela. Esta situação a tornava um paraíso para insetos de todos os tamanhos e herbívoros de todos os tamanhos e pelo mesmo motivo, os predadores eram muito abundantes e perigosos, tanto os comuns como os que atinham habilidades mágicas.
Capítulo 4 – O arqueiro
Uromi estava em seu ambiente agora. Desde que viera para a capital sonhava com a chance de mostrar suas habilidades mas nunca fora contratado. Apesar de ter um arco de Caelse e honrar a cidade de onde viera, fora preterido inúmeras vezes em missões por motivo que ignorava. Estivera hospedado numa associação de arqueiros e pagava sua estada produzindo flechas. Não tinha uma vida desconfortável mas não era o que queria para si. Em sua cidade lutava pela vida todos os dias e viver sem desafios era uma coisa horrível.
Dentro da selva fechada, adiantou-se ao lado do mago e tomou a dianteira. Ali, era melhor o mago deixar quem era acostumado com o perigo e tinha treinamento para sobreviver garantir a segurança do grupo. Arco em punho e olhar atento, sussurrou para o arcano.
_ Qual o rumo, quanto tempo?
O mago confiante demais para o gosto do cidadão de Caelseh, respondeu bem direto.
_ Vamos 3 dias para a direção do eclipse das 2 luas e deveremos localizar a convergência mágica mais forte na região antes de eu identificar outra referencia mágica do mapa antigo.
O grupo seguia o rumo que o arqueiro seguia sem questionar. Sabiam que ele desviaria dos perigos mais óbvios que poderiam ser enfrentados mas gerariam perda de tempo e iam em silêncio o mago acompanhado do curandeiro com o anão logo atrás.
Uromi tinha certeza que o anão estava se contendo, e poderia estar muito à frente se pudesse seguir seu ritmo mas se continha para ficar atrás, machado sempre à mão.
Após 4 horas de caminhada Uromi apontou uma área com chão quase regular e assumiu a vigilância numa raiz mais alta. Todos se assentaram, menos o anão. Ele engoliu sua ração e veio direto para onde estava e apontou o grupo.
_ Vá descansar um pouco e comer com calma.
Uromi teve certeza então que ele não estava cansado de modo algum e caminhou até o grupo. Ele e o combatente sagrado eram os únicos que estavam suados. Era estranho ver o mago sorridente sem nenhum sinal de cansaço, quando geralmente eram nos que mais demandavam pausas e faziam isto mais cedo. Segundo sua experiência, os arcanos que não sem cansavam eram todos viciados em ervas estimulantes proibidas, mas estes tinham sinais nítidos que ele não vira ainda e não era muito polido perguntar isto assim de modo direto para ele.
Olhou para o anão enquanto comia e viu que ele estava coletando ervas. O modo que ele olhava, tocava e coletava as plantas indicava que ele realmente tinha experiência com elas.
Voltaram a caminhar e, desta vez caminharam até os poucos raios de sol que iluminavam sua jornada desaparecessem de vez.
A noite nas florestas eram muito perigosas naõ tanto quando entrassem em território dos felinos caçadores, mas perigoso. O arqueiro escolheu uma grande pedra que se projetava do chão e fora envolvida por um tronco enorme promando uma área que só tinha uma frente a ser vigiada. Colocou tochas em pontos estratégicos, fez armadilha no alto da rocha e fez uma grande fogueira no limite entre a floresta e onde dormiriam e sentou-se frente para a floresta e costas para o grande tronco.
_ Eu fico o primeiro turno, o sacerdote o segundo e o anão o terceiro.
_ Urin.
_ Como? – o arqueiro sentiu hostilidade na voz do anão.
_ me chamo Urin, use meu nome. Não sou um “anão”, do mesmo modo que você naõ é um caipira da terra selvagem que sabe usar bem um arco, concorda?
O arqueiro gostou dele, mesmo com o orgulho arranhado, se conteve e assentiu com a cabeça
_ Certo, Urin, você pode ficar com o terceiro turno?
_ Posso ficar com todos, só fico cansado no terceiro dia sem dormir...vocês dormem demais.
Uromi não conseguiu decifrar a expressão dele. Ele naõ via muitos anões senão em ELitsya e mesmo ali, pouco, porque eles não compravam arcos nem flechas.
_ Melhor não, senhor Urin, se formos atacados de noite, melhor todos estarmos descansados.
O mago, que acompanhava a conversa em silêncio até o momento, intrometeu-se.
_ Seu nome é Uromi? Certo? De que região de Caelse você é?
A pergunta indicava que ele conhecia a cidade. Poucos conheciam a lógica de organização da cidade que fora construída sobre o mar porque a floresta não0 fora domada naquele continente. A região do limite era a mais perigosa e campo exclusivo do experiente exército de caelse, a seguir vinha a área mais pobre, chamada área de madeira verde, que sempre tinha que ser reconstruída por conta das perigosas feras que sempre conseguiam passar pela muralha e causavam seu estrago, a seguir vinham as vilas dos comerciantes e estufas de plantas raras, chamada madeira dura e por fim a área de madeira nobre, onde ficavam as vilas dos mais ricos. Ele era de madeira verde, decidira partir quando toda sua família fora morta no ataque de um perigoso dragonete. Não tivera condições de ficar ali.
_ Madeira verde. Parti de lá quando minha família foi morta por uma fera.
O mago retirou o sorriso do rosto.
_ Meus pêsames, Uromi. Faz muito tempo que isto ocorreu?
_ Dois anos. Fiquei 1 ano em Solua e vim para cá assim que pude.
_ Recebeu propostas de outros, como direi, grupos de poder?
_ Como assim, mago?
_ Recebeu algum convite dos inimigos de Elitzia? Arqueiros de Caelseh sempre são cobiçados.
_ recebi sim um convite, mas recusei.
_ Quando isto?
_ Em Solua. Você está me interrogando?
_ Estamos conversando, acho.
Uromi olhou nos olhos do mago e não sabia decifrar seu rosto. Ele era bom com sinais no chão, com arcos e madeiras, mas não conseguia entender as intenções de seu interlocutor. Desde que perdera sua família estava isolado. Os homens que o convidaram eram feras selvagens. Ele se lembrava deles.
_ Como disse, eu recusei.
_ O convite deles é bem difícil de recusar. Geralmente colocam muito ouro na mesa.
_ Colocam ameaças também e somos todos livres em Caelseh. Seguimos todos nossa consciência. A minha me fez me afastar deles.
_ Calma, Uromi, conhecemos bem a força de espírito dos arqueiros de sua terra. Mas você tem quantos anos mesmo?
_ Tenho 16 anos.
O guerreiro sagrado, que estava alheio até o momento, olhou para o jovem e manifestou-se.
_ Você não demonstra esta idade, meu jovem.
_ É difícil de explicar.
_ Não duvido de você. Se falasse que tem 30 anos, não haveria motivos para questionar, mas sua aparência não é de um jovenzinho de 16 anos. A vida foi bem dura com você.
Uromi se lembrou de novo da cena da oferta de emprego dos soldados de Nailin. A abordagem após suas conversas com os sacerdotes da grande pirâmide, a desqualificação feita por eles dos métodos dos sacerdotes, o ouro jogado aos seus pés, a reação de fúria quando ele desprezou a oferta por ter decidido abandonar tudo para encontrar a paz e não ser mais atormentado pela imagem do dragonete destroçando seus pais e irmãos, a insistência, as reiteradas recusas e então, o primeiro golpe, primeiro um soco, depois u golpe de clava, e então o cheiro de resina ígnea e o cheiro de sua própria carne queimando. Os vultos dos cavaleiros dourados aparecendo e atacando seus atacantes e as palavras suaves ditas numa língua que ele não entendia, e então o despertar num corpo diferente, porque o seu fora queimado.
_ Muito dura.- Uromi viu o sacerdote fazer a runa de avaliação – você não precisaria de minha autorização para isto?
_ Para contar a alguém o que percebo, sim, mas preciso saber com quem caminho senhor Uromi.
Capítulo 5 – YORRAN o guerreiro sagrado de Nerume
Quando ele fizera a runa do arqueiro sentira uma leve dificuldade para fazer sua bênção, mas estava nervoso esua mente estava focada no como falaria que não receberia o dinheiro apesar de precisar muito, mas aquela revelação indicava necessidade de avaliação.
Era grosseiro fazer um exame assim, mas ele podia ser algo perigoso e mesmo um inimigo da ordem e teria que mata-lo ali mesmo.
Quando a magia de avaliação revelou a rua de vida dele ficou claro: ele tinha várias magias dracônicas em ação naquele momento, por todo seu corpo. Uma magia tão poderosa e bem-feita que não deixava rastros. Ele sabia porque trabalhava com dragões no templo no seu tempo de folga no sentido de construir um modo de poderem os sacerdotes curarem os dragões. A maioria das runas draconicas ele ignorava mas uma sim e ela aparecia muito no encanto e era uma poderosa runa de inibição da dor.
Fosse o que fosse que este menino passara ele não tinha o direito de fazê-lo reviver.
A voz do mago se ergueu:
_ E aí, sacerdote, algum problema?
_ Não senhor, nenhum, sua aparência não é fruto de nenhum encanto que nos coloque em perigo mas gostaria de estudar mais se ele me permitir. Juro por Nerume e pela minha honra enquanto guerreiro sagrado que nada que aprender será para fazer mal a você.
Yorran colocou o coração naquilo que falara e viu os olhos de Uromi se encherem de lágrimas mas o jovem virou o acenou que sim com a cabeça, mas não falou nada. Virou-se e foi para seu canto.
O mago tocou o braço do sacerdote e falou sussurrante:
_ Você não vai mesmo me falar nada?
Yorran sentiu-se insultado pelo que ele insinuava ele deveria fazer. O sigilo do curandeiro era sagrado. Mas lembrou-se que a origem daquela situação era ele mesmo.
_ Vou falar sim.
_ Ótimo! O que é?
_ Não poderei receber nenhuma gratificação desta viagem.
O mago pareceu surpreso.
_ Como assim? Seu trabalho está sendo fora de seu horário de trabalho, você tem o direito de receber.
_ Não tenho. É um trabalho pelo templo, se aceito a remuneração traio meus princípios e meu vínculo com ele diminui e posso mesmo perder a conexão com NEerume.
Yorran não conseguia encarar o mago. Era muito difícil fazer o certo naquele momento particular de sua vida. Após a viagem teria que se despedir dos amigos. Não conseguiria manter-se mais, teria que abandonar o templo antes de completar seus treinamentos, se tivesse sorte, algum tempo distante o acolheria e serviria como pudesse.
_ Se pensa assim, ode devolver o dinheiro, mas faça isto quando voltarmos para a cidade. Não quero carregar mais carga.
_ Estou carregando-o mas ele é seu, porém.
_ Certo.
Aquela última palavra retirara um grande peso de sua consciência, mas ele não teve tempo de rejubilar-se. Levantou e caminhou até onde o anão estava. Quando ele o viu se aproximar não se alterou, continuou encarando a noite distante com sua face inexpressiva e dura.
_ Senhor Uriel...
_ Sim, sente-se, a noite é longa e companhia é benvinda.
Yorran pensou como deveria contar a ele o que vira mas entendeu que não naquele momento, colheria mias informações sobre o problema quando tivesse que curá-lo.
_ Você sabe que ervas poderiam ser usadas para fazer tinta?
_ Tinta para escrever pergaminhos?
_ Sim
_ não sorria ainda. Sei fazer tinta comum, mas não tinta mágica.
_ Não preciso de tinta mágica tinta comum apenas. Pretendo estudar algumas runas e ajuda ter a imagem dela escrita para eu treinar antes de usá-la.
_ Faço para você quando tiver os reagentes todos.
_ Não posso pagá-lo, porém.
_ Considere cortesia, vai salvar minha vida algumas vezes possivelmente ao longo de nossa viagem. Não vai precisar de papiros não?
_ Sabe como fazê-los?
_ De modo algum, mas conheço alguns truques com a casca de certas plantas, você vai ficar satisfeito.
_Agradeço!
_ Como disse, você vai curar, e espero que não muito! Os Fendepedras são muito hábeis na arte de luta.
Yorran recuou para seu lugar.
O arcano olhou para cada um dos membros de seu grupo e, diante do novo silêncio deles, calou-se e conjurou um portal no qual entrou após seus companheiros de jornada seguirem por ele.
O grupo se viu dentro de um porão vazio, mas todos repararam que a sala onde o portal aparecera fora esvaziada recentemente. Haviam muitas marcas de móveis. O portal desapareceu assim que o arcano passou por ele e foi este que seguiu caminhando direto para o corredor largo que havia no cômodo que os conduziu para o térreo e ali, novamente, cortinas pesadas ocultavam outros cômodos que deviam existir e estar ocupados, todo o grupo acompanhou o mago alcançando a rua por uma pequena porta.
Os ruídos da cidade próximos à muralha eram bem diferentes do centro e arredores do templo, o grupo caminhou direto para o portão e foram abordados por sentinelas que encararam o arcano que mostrou seu documento de identidade.
_ Senhor Neri. Está em missão oficial para o templo?
_ Não! Estou numa missão de oportunidade para o templo. Não há caravanas oficiais disponíveis para trazer os reagentes e, como preciso do dinheiro, contratei estes senhores e vamos melhorar nossa condição pessoal.
O riso aberto do mago contrastava com a face séria do sentinela, que olhou mais uma vez s identidade e o documento que fora entregue junto. Pele não parecia ter gostado do que ouvira, mas devolveu os papé8is para o mago num movimento brusco e mandou que seguissem.
O portão principal estava fechado, assim passaram por uma pequena porta que se abria no portão reforçado. À noite este portão era fechado para impedir que as criaturas da floresta entrassem, motivo que a maioria das caravanas partiam sempre pela manhã.
Assim que passaram pelo portão, caminharam rápida e silenciosamente por uma região onde as árvores eram menos densas mas logo sumiram em meio à profissão vegetal da floresta amaldiçoada que cercava todas as cidades daquele continente. A maldição fazia com que ela sempre regenerasse independente do que provocasse dano nela. Esta situação a tornava um paraíso para insetos de todos os tamanhos e herbívoros de todos os tamanhos e pelo mesmo motivo, os predadores eram muito abundantes e perigosos, tanto os comuns como os que atinham habilidades mágicas.
Capítulo 4 – O arqueiro
Uromi estava em seu ambiente agora. Desde que viera para a capital sonhava com a chance de mostrar suas habilidades mas nunca fora contratado. Apesar de ter um arco de Caelse e honrar a cidade de onde viera, fora preterido inúmeras vezes em missões por motivo que ignorava. Estivera hospedado numa associação de arqueiros e pagava sua estada produzindo flechas. Não tinha uma vida desconfortável mas não era o que queria para si. Em sua cidade lutava pela vida todos os dias e viver sem desafios era uma coisa horrível.
Dentro da selva fechada, adiantou-se ao lado do mago e tomou a dianteira. Ali, era melhor o mago deixar quem era acostumado com o perigo e tinha treinamento para sobreviver garantir a segurança do grupo. Arco em punho e olhar atento, sussurrou para o arcano.
_ Qual o rumo, quanto tempo?
O mago confiante demais para o gosto do cidadão de Caelseh, respondeu bem direto.
_ Vamos 3 dias para a direção do eclipse das 2 luas e deveremos localizar a convergência mágica mais forte na região antes de eu identificar outra referencia mágica do mapa antigo.
O grupo seguia o rumo que o arqueiro seguia sem questionar. Sabiam que ele desviaria dos perigos mais óbvios que poderiam ser enfrentados mas gerariam perda de tempo e iam em silêncio o mago acompanhado do curandeiro com o anão logo atrás.
Uromi tinha certeza que o anão estava se contendo, e poderia estar muito à frente se pudesse seguir seu ritmo mas se continha para ficar atrás, machado sempre à mão.
Após 4 horas de caminhada Uromi apontou uma área com chão quase regular e assumiu a vigilância numa raiz mais alta. Todos se assentaram, menos o anão. Ele engoliu sua ração e veio direto para onde estava e apontou o grupo.
_ Vá descansar um pouco e comer com calma.
Uromi teve certeza então que ele não estava cansado de modo algum e caminhou até o grupo. Ele e o combatente sagrado eram os únicos que estavam suados. Era estranho ver o mago sorridente sem nenhum sinal de cansaço, quando geralmente eram nos que mais demandavam pausas e faziam isto mais cedo. Segundo sua experiência, os arcanos que não sem cansavam eram todos viciados em ervas estimulantes proibidas, mas estes tinham sinais nítidos que ele não vira ainda e não era muito polido perguntar isto assim de modo direto para ele.
Olhou para o anão enquanto comia e viu que ele estava coletando ervas. O modo que ele olhava, tocava e coletava as plantas indicava que ele realmente tinha experiência com elas.
Voltaram a caminhar e, desta vez caminharam até os poucos raios de sol que iluminavam sua jornada desaparecessem de vez.
A noite nas florestas eram muito perigosas naõ tanto quando entrassem em território dos felinos caçadores, mas perigoso. O arqueiro escolheu uma grande pedra que se projetava do chão e fora envolvida por um tronco enorme promando uma área que só tinha uma frente a ser vigiada. Colocou tochas em pontos estratégicos, fez armadilha no alto da rocha e fez uma grande fogueira no limite entre a floresta e onde dormiriam e sentou-se frente para a floresta e costas para o grande tronco.
_ Eu fico o primeiro turno, o sacerdote o segundo e o anão o terceiro.
_ Urin.
_ Como? – o arqueiro sentiu hostilidade na voz do anão.
_ me chamo Urin, use meu nome. Não sou um “anão”, do mesmo modo que você naõ é um caipira da terra selvagem que sabe usar bem um arco, concorda?
O arqueiro gostou dele, mesmo com o orgulho arranhado, se conteve e assentiu com a cabeça
_ Certo, Urin, você pode ficar com o terceiro turno?
_ Posso ficar com todos, só fico cansado no terceiro dia sem dormir...vocês dormem demais.
Uromi não conseguiu decifrar a expressão dele. Ele naõ via muitos anões senão em ELitsya e mesmo ali, pouco, porque eles não compravam arcos nem flechas.
_ Melhor não, senhor Urin, se formos atacados de noite, melhor todos estarmos descansados.
O mago, que acompanhava a conversa em silêncio até o momento, intrometeu-se.
_ Seu nome é Uromi? Certo? De que região de Caelse você é?
A pergunta indicava que ele conhecia a cidade. Poucos conheciam a lógica de organização da cidade que fora construída sobre o mar porque a floresta não0 fora domada naquele continente. A região do limite era a mais perigosa e campo exclusivo do experiente exército de caelse, a seguir vinha a área mais pobre, chamada área de madeira verde, que sempre tinha que ser reconstruída por conta das perigosas feras que sempre conseguiam passar pela muralha e causavam seu estrago, a seguir vinham as vilas dos comerciantes e estufas de plantas raras, chamada madeira dura e por fim a área de madeira nobre, onde ficavam as vilas dos mais ricos. Ele era de madeira verde, decidira partir quando toda sua família fora morta no ataque de um perigoso dragonete. Não tivera condições de ficar ali.
_ Madeira verde. Parti de lá quando minha família foi morta por uma fera.
O mago retirou o sorriso do rosto.
_ Meus pêsames, Uromi. Faz muito tempo que isto ocorreu?
_ Dois anos. Fiquei 1 ano em Solua e vim para cá assim que pude.
_ Recebeu propostas de outros, como direi, grupos de poder?
_ Como assim, mago?
_ Recebeu algum convite dos inimigos de Elitzia? Arqueiros de Caelseh sempre são cobiçados.
_ recebi sim um convite, mas recusei.
_ Quando isto?
_ Em Solua. Você está me interrogando?
_ Estamos conversando, acho.
Uromi olhou nos olhos do mago e não sabia decifrar seu rosto. Ele era bom com sinais no chão, com arcos e madeiras, mas não conseguia entender as intenções de seu interlocutor. Desde que perdera sua família estava isolado. Os homens que o convidaram eram feras selvagens. Ele se lembrava deles.
_ Como disse, eu recusei.
_ O convite deles é bem difícil de recusar. Geralmente colocam muito ouro na mesa.
_ Colocam ameaças também e somos todos livres em Caelseh. Seguimos todos nossa consciência. A minha me fez me afastar deles.
_ Calma, Uromi, conhecemos bem a força de espírito dos arqueiros de sua terra. Mas você tem quantos anos mesmo?
_ Tenho 16 anos.
O guerreiro sagrado, que estava alheio até o momento, olhou para o jovem e manifestou-se.
_ Você não demonstra esta idade, meu jovem.
_ É difícil de explicar.
_ Não duvido de você. Se falasse que tem 30 anos, não haveria motivos para questionar, mas sua aparência não é de um jovenzinho de 16 anos. A vida foi bem dura com você.
Uromi se lembrou de novo da cena da oferta de emprego dos soldados de Nailin. A abordagem após suas conversas com os sacerdotes da grande pirâmide, a desqualificação feita por eles dos métodos dos sacerdotes, o ouro jogado aos seus pés, a reação de fúria quando ele desprezou a oferta por ter decidido abandonar tudo para encontrar a paz e não ser mais atormentado pela imagem do dragonete destroçando seus pais e irmãos, a insistência, as reiteradas recusas e então, o primeiro golpe, primeiro um soco, depois u golpe de clava, e então o cheiro de resina ígnea e o cheiro de sua própria carne queimando. Os vultos dos cavaleiros dourados aparecendo e atacando seus atacantes e as palavras suaves ditas numa língua que ele não entendia, e então o despertar num corpo diferente, porque o seu fora queimado.
_ Muito dura.- Uromi viu o sacerdote fazer a runa de avaliação – você não precisaria de minha autorização para isto?
_ Para contar a alguém o que percebo, sim, mas preciso saber com quem caminho senhor Uromi.
Capítulo 5 – YORRAN o guerreiro sagrado de Nerume
Quando ele fizera a runa do arqueiro sentira uma leve dificuldade para fazer sua bênção, mas estava nervoso esua mente estava focada no como falaria que não receberia o dinheiro apesar de precisar muito, mas aquela revelação indicava necessidade de avaliação.
Era grosseiro fazer um exame assim, mas ele podia ser algo perigoso e mesmo um inimigo da ordem e teria que mata-lo ali mesmo.
Quando a magia de avaliação revelou a rua de vida dele ficou claro: ele tinha várias magias dracônicas em ação naquele momento, por todo seu corpo. Uma magia tão poderosa e bem-feita que não deixava rastros. Ele sabia porque trabalhava com dragões no templo no seu tempo de folga no sentido de construir um modo de poderem os sacerdotes curarem os dragões. A maioria das runas draconicas ele ignorava mas uma sim e ela aparecia muito no encanto e era uma poderosa runa de inibição da dor.
Fosse o que fosse que este menino passara ele não tinha o direito de fazê-lo reviver.
A voz do mago se ergueu:
_ E aí, sacerdote, algum problema?
_ Não senhor, nenhum, sua aparência não é fruto de nenhum encanto que nos coloque em perigo mas gostaria de estudar mais se ele me permitir. Juro por Nerume e pela minha honra enquanto guerreiro sagrado que nada que aprender será para fazer mal a você.
Yorran colocou o coração naquilo que falara e viu os olhos de Uromi se encherem de lágrimas mas o jovem virou o acenou que sim com a cabeça, mas não falou nada. Virou-se e foi para seu canto.
O mago tocou o braço do sacerdote e falou sussurrante:
_ Você não vai mesmo me falar nada?
Yorran sentiu-se insultado pelo que ele insinuava ele deveria fazer. O sigilo do curandeiro era sagrado. Mas lembrou-se que a origem daquela situação era ele mesmo.
_ Vou falar sim.
_ Ótimo! O que é?
_ Não poderei receber nenhuma gratificação desta viagem.
O mago pareceu surpreso.
_ Como assim? Seu trabalho está sendo fora de seu horário de trabalho, você tem o direito de receber.
_ Não tenho. É um trabalho pelo templo, se aceito a remuneração traio meus princípios e meu vínculo com ele diminui e posso mesmo perder a conexão com NEerume.
Yorran não conseguia encarar o mago. Era muito difícil fazer o certo naquele momento particular de sua vida. Após a viagem teria que se despedir dos amigos. Não conseguiria manter-se mais, teria que abandonar o templo antes de completar seus treinamentos, se tivesse sorte, algum tempo distante o acolheria e serviria como pudesse.
_ Se pensa assim, ode devolver o dinheiro, mas faça isto quando voltarmos para a cidade. Não quero carregar mais carga.
_ Estou carregando-o mas ele é seu, porém.
_ Certo.
Aquela última palavra retirara um grande peso de sua consciência, mas ele não teve tempo de rejubilar-se. Levantou e caminhou até onde o anão estava. Quando ele o viu se aproximar não se alterou, continuou encarando a noite distante com sua face inexpressiva e dura.
_ Senhor Uriel...
_ Sim, sente-se, a noite é longa e companhia é benvinda.
Yorran pensou como deveria contar a ele o que vira mas entendeu que não naquele momento, colheria mias informações sobre o problema quando tivesse que curá-lo.
_ Você sabe que ervas poderiam ser usadas para fazer tinta?
_ Tinta para escrever pergaminhos?
_ Sim
_ não sorria ainda. Sei fazer tinta comum, mas não tinta mágica.
_ Não preciso de tinta mágica tinta comum apenas. Pretendo estudar algumas runas e ajuda ter a imagem dela escrita para eu treinar antes de usá-la.
_ Faço para você quando tiver os reagentes todos.
_ Não posso pagá-lo, porém.
_ Considere cortesia, vai salvar minha vida algumas vezes possivelmente ao longo de nossa viagem. Não vai precisar de papiros não?
_ Sabe como fazê-los?
_ De modo algum, mas conheço alguns truques com a casca de certas plantas, você vai ficar satisfeito.
_Agradeço!
_ Como disse, você vai curar, e espero que não muito! Os Fendepedras são muito hábeis na arte de luta.
Yorran recuou para seu lugar.
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Re: [A caverna do fim do mundo]
Capítulo 6 – O mago Neri
O sacerdote era exatamente como fora dito e possivelmente mais. Completamente confiável. O anão ele ainda não sabia como avaliá-lo mas era bem disposto e se dava bem com todos, mas o menino com aparência de mais velho continuava uma incógnita completa. Os agentes de Nailin tinham tido um encontro prolongado com ele em Solua e toda a inteligência de Elytsia tentava investiga-lo desde então.
A notícia que se espalhara rapidamente após ele aparecer na capital era que era uma gente duplo e a origem da informação era no círculo interno da nobreza de Nailin. Todas as avaliações mágicas dele falharam e os poucos curandeiros se recusavam falar o que viam. Era óbvio que estava sob pesados encantos e a ordem óbvia que dera fora retirar ele da cidade e desarmar seja lá qual fosse a magia que tivesse sido armada nele.
Outros arcanos já haviam relatado o que Nailin podia fazer na sua vingança contra a rainha e seu exército e uma explosão mágica de grandes proporções era tudo que ele e todos da inteligência naõ queriam na altura do campeonato. A investigação do pergaminho ele faria sozinho, mas era importante dar uma face de necessidade para que não se desconfiasse que o agente duplo fora descoberto.
Solua era um enigma, não ajudava ostensivamente a nenhum governo e tinha relações confusas com os piratas o que complicava muito a analise daquela situação. Assim, na dúvida, ele resolvera que levaria o perigo para o mais longe possível e então usaria os pergaminhos de revelação de magias de Leph e revelaria o que estava atrás daquela confusão mágica.
Quando despertou, bem cedo, viu que era o primeiro. Fez barulho, e todos se levantaram, comeram e desfizeram o acampamento se colocando a caminho rapidamente sob a orientação do jovem de Caelseh. Durante toda a viagem, viu o curandeiro analisar o jovem. Ficou feliz, ele sabia que algo havia com ele. Os sacerdotes que observaram suas linhas de magia falavam em um grande emaranhado muito confuso e indecifrável. Se o jovem curandeiro escrevesse as runas que via, ele poderia depois avaliar o que ele escrevia. De qualquer modo sairia com muitas informações daquela experiência, embora imaginasse que só voltasse ele e talvez o curandeiro.
O dia não trouxe nenhuma novidade e nas paradas, o curandeiro se reservava alguns momentos para escrever nas cascas que o anão conseguia para ele e no final do terceiro dia, fez o primeiro encantamento de orientação mágica. Como o pergaminho era muito impreciso, ele decidira que inventaria coordenadas aleatórias para seguirem por um caminho mias desimpedido possível par ao mais longe possível de Elytizia e assim falou.
_ Nosso caminho continua para a segunda lua paralelo à grande vala de pedra cada noite avaliarei quando mudar de rumo. Estaremos em território dos predadores que conversamos ao sair da cidade, não percam suas joias mágicas.
Ao menos este ponto não era uma mentira, as jóias funcionavam mesmo, esperava não atrair as matilhas dos gatos predadores, mas a grande vala de pedra ela onde ficavam os maiores ninhos de sua presa mais saborosa, por isto, era improvável que não encontrassem ao menos um.
Daquele ponto em diante, a velocidade se tornou errática. O jovem era muito bom ou estava pretendendo adiar a jornada deles. Passaram a ter mais repousos e no final da tarde, o encanto de localização indicou que uma figura mágica poderosa os seguia. Impossível falar quem era mas era seguro e certo que um arcano muito poderoso os seguia.
A vala de pedra era os restos de um canal que levava energia mágica de uma grande estação de distribuição de mana que fora destruída por motivo ignorado no passado. Todos sabiam que haviam instalações que deviam ter servido de ponto de controle para o fluxo de energias mas a presença dos gatos tornava a procura muito perigosa. A instalação devia ter um portal operacional e se sabotasse o portal após usarem conseguiriam uma grande vantagem sobre seu perseguidor.
O sacerdote era exatamente como fora dito e possivelmente mais. Completamente confiável. O anão ele ainda não sabia como avaliá-lo mas era bem disposto e se dava bem com todos, mas o menino com aparência de mais velho continuava uma incógnita completa. Os agentes de Nailin tinham tido um encontro prolongado com ele em Solua e toda a inteligência de Elytsia tentava investiga-lo desde então.
A notícia que se espalhara rapidamente após ele aparecer na capital era que era uma gente duplo e a origem da informação era no círculo interno da nobreza de Nailin. Todas as avaliações mágicas dele falharam e os poucos curandeiros se recusavam falar o que viam. Era óbvio que estava sob pesados encantos e a ordem óbvia que dera fora retirar ele da cidade e desarmar seja lá qual fosse a magia que tivesse sido armada nele.
Outros arcanos já haviam relatado o que Nailin podia fazer na sua vingança contra a rainha e seu exército e uma explosão mágica de grandes proporções era tudo que ele e todos da inteligência naõ queriam na altura do campeonato. A investigação do pergaminho ele faria sozinho, mas era importante dar uma face de necessidade para que não se desconfiasse que o agente duplo fora descoberto.
Solua era um enigma, não ajudava ostensivamente a nenhum governo e tinha relações confusas com os piratas o que complicava muito a analise daquela situação. Assim, na dúvida, ele resolvera que levaria o perigo para o mais longe possível e então usaria os pergaminhos de revelação de magias de Leph e revelaria o que estava atrás daquela confusão mágica.
Quando despertou, bem cedo, viu que era o primeiro. Fez barulho, e todos se levantaram, comeram e desfizeram o acampamento se colocando a caminho rapidamente sob a orientação do jovem de Caelseh. Durante toda a viagem, viu o curandeiro analisar o jovem. Ficou feliz, ele sabia que algo havia com ele. Os sacerdotes que observaram suas linhas de magia falavam em um grande emaranhado muito confuso e indecifrável. Se o jovem curandeiro escrevesse as runas que via, ele poderia depois avaliar o que ele escrevia. De qualquer modo sairia com muitas informações daquela experiência, embora imaginasse que só voltasse ele e talvez o curandeiro.
O dia não trouxe nenhuma novidade e nas paradas, o curandeiro se reservava alguns momentos para escrever nas cascas que o anão conseguia para ele e no final do terceiro dia, fez o primeiro encantamento de orientação mágica. Como o pergaminho era muito impreciso, ele decidira que inventaria coordenadas aleatórias para seguirem por um caminho mias desimpedido possível par ao mais longe possível de Elytizia e assim falou.
_ Nosso caminho continua para a segunda lua paralelo à grande vala de pedra cada noite avaliarei quando mudar de rumo. Estaremos em território dos predadores que conversamos ao sair da cidade, não percam suas joias mágicas.
Ao menos este ponto não era uma mentira, as jóias funcionavam mesmo, esperava não atrair as matilhas dos gatos predadores, mas a grande vala de pedra ela onde ficavam os maiores ninhos de sua presa mais saborosa, por isto, era improvável que não encontrassem ao menos um.
Daquele ponto em diante, a velocidade se tornou errática. O jovem era muito bom ou estava pretendendo adiar a jornada deles. Passaram a ter mais repousos e no final da tarde, o encanto de localização indicou que uma figura mágica poderosa os seguia. Impossível falar quem era mas era seguro e certo que um arcano muito poderoso os seguia.
A vala de pedra era os restos de um canal que levava energia mágica de uma grande estação de distribuição de mana que fora destruída por motivo ignorado no passado. Todos sabiam que haviam instalações que deviam ter servido de ponto de controle para o fluxo de energias mas a presença dos gatos tornava a procura muito perigosa. A instalação devia ter um portal operacional e se sabotasse o portal após usarem conseguiriam uma grande vantagem sobre seu perseguidor.
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Re: [A caverna do fim do mundo]
Um problema seria se o portal conduzisse para algum local cheio de ruínas viáveis e cheias de artefatos élficos conservados, neste caso, ele teria que contar com a ignorância deles a respeito da importância do fato. Especificamente com a ignorância do jovem traidor que fora tornado uma bomba relógio de algum encanto perverso que ninguém sabia qual era.
Era noite e estavam todos ocupados: o anão emendando a vigília do jantar deles com o turno de guarda inicial, o que mostrava um lado dele que era ignorado: anões e gentileza era algo incomum de se ver. Eles eram ríspidos e desconfiados, e aquele não era ríspido, desconfiado e retraído mas não ríspido. Ficar de guarda enquanto todos jantavam era até gentil considerando os padrões de sua raça. Sem falar na tinta e pergaminhos que fornecia para o curandeiro.
O curandeiro estava sentado desenhando e, por mais que tentasse, não conseguia ver o que ele estava escrevendo, no caso, desenhando, ele estava escrevendo uma grande runa, o que me deixava confuso. As visões de todos em relação ao jovem era que ele estava cercado por um emaranhado de linhas de magia que impediam a visão das runas principais do encanto. Fora o que disseram os magos as poucas vezes que o encanto de revelação funcionou e era o que desconfiávamos que fora o que os sacerdotes viram, desconfiamos porque eles ficaram muito aborrecidos quando descobriram que foram enganados. Se ficaram aborrecidos a ponto de recusar falar que ele era uma ameaça mágica grave como eu pensava que era, era uma dúvida que não fora resolvida.
O jovem arqueiro estava descansando e parecia inofensivo. Parecia.
Amanhã cedo ele faria o encanto de localização para encontrar a estação de controle e levaria seu plano para as vias finais. O mistério sobre o jovem seria revelado.
Capítulo 7 – o arqueiro
Uromi levantou-se e aprontou rapidamente. Seu corpo estava descansado, mas sua mente fervilhava. A memória dos acontecimentos em Solua, eventos que ele lutava para esquecer estavam se insinuando em sua consciência e fazendo-o ter flashes dos acontecimentos em sonhos. Os cavalerios que o atenderam alertaram que ele devia evitar rememorar o fato, e ele conseguira fazer isto, buscando ambientes calmos e trabalhos sem muitas perguntas mas as falas do mago haviam despertado algo nele, como uma faísca que crescia e ameaçava tomar sua consciência.
Ele usava as técnicas que aprendera mas agora, o efeito delas era apenas parcial. Não prejudicava suas atividades, ao contrário, ele conseguia ser até mais eficiente que antes, ele quase adivinhava onde estavam os grupos de predadores e alguns ninhos. Era como se a floresta conversasse com ele. No princípio ele desconfiara, mas após conferir estas impressões vagas, ele percebeu que eram sussurros reais. O desagrado do mago quando determinava mudanças de rumo ou descansos forçados esconderijos naturais que revelava era nítido, mas ele era responsável pela segurança do grupo e faria isto do seu modo.
A rotina deles no despertar naquele território particularmente hostil era simples – alimentar-se, esperar o mago fazer o encanto de localização e seguirem o melhor caminho no sentido que ele indicava. Segundo suas impressões, estavam praticamente no meio de lugar algum. As áreas de ruínas mais conhecidas ficavam ao norte de elitzia, sendo inclusive interditadas a excursões não oficiais e pensava que iriam para lá, mas entendia que estavam no limite sul desta área onde, todos diziam não tinha nada senão a chance de uma morte nas garras e dentes das matinhas de uma espécie de predador felino teleportador particularmente perigoso para arqueiros pois que teleportavam por reflexo quando viam um perigo se aproximando.
Até o momento, todas as previsões sobre a área se confirmavam, menos sua morte que sua nova habilidade estava ajudando a evitar.
Os encantos eram algo que ele ignorava. Sabia que haviam as magias elementais e algumas magias cerimoniais bem mais complicadas e caras com efeitos os mais variados. Ouvira falar das magias de informação, e, como estavam procurando um local assinalado por um mapa antigo, ele deveria estar usando a magia para complementar vazios de informação por falta física do mapa ou por falta de referencias do mapa, pois que o mundo devia ter mudado muito deste o apogeu da cultura élfica.
Ele só torcia que seu caminho agora fosse para longe daquela área infestada de predadores perigosos e suas presas não menos perigosas. Aliás, era algo que ele ficara surpreso por seu contratante não saber, os gatos eram perigosos, sim, mas sua presa era bem mais. Menos elaborada mas muito mais complicada de lidar.
_ Deveremos atravessar o canal, acredito que a próxima referência está a uns 100 metros da grade vala.
_ O senhor quer que atravessemos a grande vala?
O mago sorriu.
_ Sim! Nossa próxima referencia está lá!
Estavam acampados no alto de um grande galho de onde podiam ver a grande vala. As árvores a cobriam com seus galhos e frondes mas não cresciam dentro dela.. Sequer suas raízes apareciam nas pedras que a compunham. Eram pedras lisas, irregulares e ocupavam cerca de 50 metros numa depressão muito regular, como se fossem um grande canal, mas não era água que ela carregara algum dia, ou se fosse, não havia sinal disto.
_ Teremos que ir pelas árvores, então.
O anão reclamou imediatamente.
_ Que tal acharmos uma caverna que passe daqui para lá?
_ Cavernas estarão certamente infestadas pela presa dos felinos predadores.
_ Que, dormem onde?
_ em cima de árvores, nas copas.
_ Você pretende que andemos debaixo da cama deles e acredita que não acordarão e virão comer o café da manhã?
_ As criaturas que eles comem não dormem como eles e, acredite, se toparmos com eles você naõ vai gostar.
_ Não tenho que gostar deles, eles só precisam chegar perto na distância que meu machado mostre que devem ficar longe.
_ Se ferir um deles, os outros entram em frenesi de sangue e avançarão enlouquecidos sobre tudo que exalar este sangue.
_O mago entrou na conversa entre Uromi e o anão.
_ Você acredita nas lendas sobre eles, Uromi? Ninguém jamais confirmou estas lendas. Um só caçador relatou isto que se tenha notícia.
_ Só um encontrou um conjunto deles grande o bastante. Estamos perto do ninho deles há muitos deles por aí e nos ninhos...
_ vamos pelos galhos então, agora.
_ Se esperarmos ate meio dia, os gatos estarão mais sonolentos...
_ Agora.
Uromi ficou desconfiado. O mago não agia como se temesse os predadores – pensou, já se movendo enquanto procurava as árvores que permitiriam melhor trânsito de um a outro lado da grande vala, por sorte, havia muitos grande galhos entrelaçados – o mago naõ agia, como se fossem só pegar uma erva rara numa caverna distante. Estavam distante mas cavernas ali eram simplesmente perigosas demais para qualquer grupo tão pequeno como o deles. O que ele procurava realmente?
Capítulo 8 – Urin Fendepedras
O seu guia era mesmo bom, melhor que ele, só o líder da expedição. Caminhos diretos, nenhuma discussão: eles pareciam com um pelotão de anões ou um grupo de escavadores: pouca conversa e muita ação. Quanto mais rápido voltassem mais rápido ele teria dinheiro para poder beber à vontade. Estava bebendo apenhas para aplacar a sede matinal mas sua bebida estava perigosamente escassa. Tinha que se manter longe dos colegas para ninguém perceber seus tremores. Encontrara algumas frutas que impediriam um colapso pela falta da bebida mas se não voltasse ou encontrasse alguma bebida em 3 dias todos veriam como fica um anão que precisa beber para funcionar.
Os galhos daquelas árvores apreciam ter se enrolado uns nos outros de propósito, e cresceram assim enrolados, o que tornara o trabalho de qualquer um que quisesse passar de uma outro lado muito fácil, desde que tivesse coragem de enfrentar o medo de cair numa vala cheia de ninhos de uma criatura que era tão perigosa como os gatos teleportadores que os caçavam.
O arqueiro ia na frente, seguido perigosamente, na minha visão, pelo mago comigo e o curandeiro logo atrás.
O arcano havia conjurado logo antes de nos aproximarmos da ponte de galhos e depois disto não ouvi mais o som de nossos passos. Estávamos sob efeito de uma magia silêncio. Òtimo desde que ficássemos no campo de visão um dos outros o que eu tencionava fazer.
Quando chegamos do outro lado, ficou evidente que aquela área toda não era natural. Vi as marcas nítidas de que a rocha havia sido escavada. Mal e porcamente, mas fora claramente escavada. As pedras da outra margem não tinham as marcas que eu via claramente ali e mais, havia uma construção logo adiante, uma construção que sumia no emaranhado de galhos e raízes. O mago indicara exatamente aquela direção. Fosse este nosso destino, a viagem toda era uma farsa.
O grupo estava bem perto da entrada quando subitamente, uma pedra se abriu ao lado de onde o jovem arqueiro passaria e um vulto peludo saltou e seu alvo era o nosso jovem guia de Caelseh. Mal tive tempo de prepara o machado para arremesso vi o mago apontar a mão e a coisa foi colhida por uma lufada de ar, arrancada de dentro de sua toca e jogada contra uma das árvores próximas junto com muitas folhas secas e pó.
A criatura peluda era uma aranha gigante, certamente um predador oportunista, pequena para o padrão das que conhecia da grande fenda mas perigosa. Parei e arremessei meu machado contra a cabeça da criatura. Se ela percebeu ou não, se tentou ou não fugir do ataque, não dava para perceber, o machado ficou enterrado em sua cabeça e ela caiu ao chão sem vida.
Continuei no mesmo ritmo agora para recuperar meu machado.
Assim que o fiz corri até a entrada da construção e o mago anulou a magia de silêncio.
_ Vou analisar as defesas desta porta e entraremos. Procuraremos o portal dentro da construção.
O curandeiro estava olhando à volta e para o local de onde a aranha saíra, mas nenhum movimento ocorria.
O mago terminou seu encanto e fez alguns gestos e uma porta pequena se abriu.
_ Vamos entrar, ela vai se fechar logo.
A porta dava acesso a um corredor cheio de poeira mas revelava uma estrutura intacta. Nada estava quebrado ou estragado. O corredor, ladeado por estátuas e vasos delicados sobre suportes de pedra finamente trabalhados terminava em uma escada que descia ao mesmo tempo que alargava e diante deles uma grande área plana cheia de linhas douradas que, vez por outra cercavam grandes áreas circulares com água.
No meio desta área, uma esfera luminosa mostrava a porta que passaram e além.
_ estamos numa estação de controle de um antigo artefato élfico. Acho que somos os primeiros aqui, mas nosso destino está adiante, pois procuramos uma sala de portais que precisa estar mais distante desta sala que parece ser onde as energias mágicas eram manipuladas para conseguir um efeito que nem faço ideia qual.
O anão acompanhou o grupo, agora confuso. Se fosse uma fraude, era a hora do mago assumir e começara pilhagem. Ou ele estava atrás de algo mais caro que aquilo ou pela primeira vez Urin estava equivocado.
Capítulo 9 – O guerreiro sagrado
Tudo ali era deslumbrante. Já ouvira falar das ruínas das cidades mas o que tinham ali era inédito, não eram ruínas eram instalações intactas abandonadas que o tempo conseguiu apenas sujar. Cada detalhe das peças esculpidas era soberbo. O chão que pisavam parecia fazer parte de um mecanismo mágico cuja função ele naõ conseguia alcançar. Haviam algumas runas desenhadas em ouro no chão e algumas das linhas ele imaginava serem grandes runas. O local era um tesouro incalculável.
O mago, até olhava para o que o cercava com interesse, mas seguia adiante, certamente movido por um propósito maior que toda aquela riqueza, seu dever. Até o momento, ele fora fiel ao templo, apesar de tê-lo tentado a ferir seus princípios dado informações que não poderia fornecer, mas este tipo de pedido não era exatamente uma blasfêmia, e, não repetida, era tolerada.
O anão caminhava rápido e ele, apesar das muitas chances de falar sobre o problema que percebera, não o fizera. Iria fazê-lo antes de chegarem á capital. Quando a aranha gigante apareceu, achou que teria uma oportunidade mas a ação incisiva do mago impedira o combate de começar. O anão não percebeu mas ele sim: o ataque do mago fora tão devastador que a criatura não teria forças para continuar, seu esqueleto estava todo quebrado pelo violento choque com a árvore contra a qual fora jogado.
Esta reação rápida e o poder devastador da magia pé de vento trazia certas lembranças dos treinos que tiveram com os magos da academia real de magia. Esta estratégia era comum entre os arcanos mas poucos conseguiam fazer uma magia tão poderosa tão rápido. Nenhum deles jamais saia do castelo. Quem seria este?
Yorran acompanhou o grupo até além da área central. E viu a nova porta e, lá dentro, alguns portais. O grupo entrou e o mago passou a testar portal por portal. Estavam todos inativos menos um, que estava no fim de uma série deles, bem afastado.
_ Vou preparar o portal para passarmos, venham!
Yorran olhou uma vez ainda para a grande sala e viu no globo luminoso do centro da sala que mostrava a área diante do templo uma figura vestida de armadura aparecer, descendo pelo mesmo caminho que vinham.
“Estavam sendo seguidos, seria este o motivo que o amgo acelerara a sua jornada?”
_ Venha, Yorran!
Todos já haviam passado, e o mago acenava nervoso. Yorran resolveu que não fazia sentido deixar de falar sobre sito, mas quando viu a poção explosiva pronta para explodir acoplada ao portal entendeu que o mago sabia.
_ Venha yorran, ele não poderá nos seguir, mas não fale nada aos outros ainda.
Quando passou, Yorran teve certeza que não voltariam por aquele caminho assim que saiu do portal, se viu numa grande área aberta onde só poucos raios de luz iluminavam vindos do alto. Seus companheiros estavam parados perto do portal olhando à volta. O mago chegou ao mesmo tempo que o arqueiro acendeu uma tocha.
Á volta deles estava uma grande câmara, diferente da área anterior, ali, não havia nada bonito era uma grande caverna cheia de escoras e anteparos provisórios. O piso que recebia o portal era um quadrado de granito maciço e havia um sistema de rampas que descia por um poço largo.
O anão segurou minha mão cm força e sussurrou.
_Curandeiro, vamos precisar de você agora..
Quado me virei para ele percebi a vulto que estava atrás do portal. Uma sombra grande com grandes olhos azuis brilhantes. Não conseguia ver que criatura era pois não havia luz atrás dela. Sua força descomunhal ficou patente quando ela destruiu o portal num movimento.
O mago começou uma conjuração e o arqueiro arremessou a tocha sobre ele, certamente para iluminar seu alvo. Quando vi a coisa diante de nós – quatro membros, exoesqueleto, uma membrana entre o tronco e o grande pescoço cheia de laminas – toquei a minha garrafa de água e ela escorreu e criou um círculo brilhante em volta de nosso grupo. Assim que fomos iluminados surgiu a barreira de ar conjurada pelo mago e vimos que esta barreira desviou uma dezena de lâminas de nosso rumo.
_Que diachos é isto? Como se mata?
_ Que eu saiba, esta coisa só foi morta uma vez…
_ótimo, como?
_Por uma divindade, anão, vamos saltar para o poço, não acredito que possamos ter mais força que isto e, se ela anda está aqui é porque não tem saída.
O mago conjurou levitar em cada um de nós e saltamos, evitando as rampas, recolhi a água e saltei logo antes dele, que conjurou outro encanto de barreira e depois passou por todos nós, certamente desabilitando a magia levitação para chegar primeiro ao fundo.
O anão falou alto
_o túnel termina bem estreito.
A criatura não nos seguiu. Sabia já que não cabia nos níveis inferiores da escavação. Nem tentou seguir. Ou então sabia que não havia saída ou que havia algo pior que ele lá embaixo.
Quando chegamos todos no chão avaliamos uma descida muito longa. O anão tocou as paredes e parecia espantado.
_O que foi, Urin?
_Estas paredes são uma obra de arte. Quem as fez parece tê-las transformado em gelatina e moldado.
_Você está brincando? - disse. As paredes eram de uma rocha muito dura que se formavam pelo resfriamento de grandes vulcões e resistiam mesmo à magia. Os elfos, que eram mestres em magia tinham tido dificuldade em escavá-la e alguém a moldara como gelatina?
_ Não, em matéria de rocha, nunca brinco. Seja lá o que fez isto é um artista e tem meu respeito.
O arqueiro acendeu outra tocha. E viram uma passagem que terminava numa barreira mágica.
_No caso, entre aquela coisa lá em cima e a barreira, imagino que seja mais fácil a barreira élfica d milhares d anos, confere?
O mago assentiu
_ Não temos nenhuma chance contra aquela criatura, só o tufão rubro conseguiu matar uma delas e junto com Theophilus. Não sabemos direito o que é, mas existiu em nosso mundo milhares de anos atrás. Omo nenhuma divindade orc nos acompanha disfarçada, teremos que nos virar com a barreira.
Capítulo 10 – o mago
O coração estava acelerado. Os outros portais levavam para locais que ele conhecia e eram perto demais da cidade. Ele naõ identificara as coordenadas ou o nome do portal que tomaram, mas acabara descobrindo um outro segredo. Faltava só descobrir o segredo do traidor e seu dia estava feito, a´era achar um modo de voltar para a capital e teriam muito trabalho para explorar a estação de controle e aquela escavação.
A barreira mágica seria fácil de desligar, ele a conhecia, mas o alerta escrito a barreira usava a palavra élfica que carregava um duplo sentido de perigo-segredo raramente usada pelos elfos antigos senão quando estavam muito preocupados. Eles eram imortais e praticamente inventaram a magia e ainda colocaram este alerta. Pelo que entendera da inscrição, o perigo implicava manter segredo.Para manter a lógica deveria matar todos e se deixar matar e isto não era uma opção.
_Esta barreira pode ser desligada – os elfos criaram a barreira para poderem continuar suas escavações e investigações depois.
O grupo não deu mostras de desconfiar de sua mentira, mesmo porque ninguém entre eles dominava o élfico.
O mago desligou a barreira e seguiram. Primeiro por um corredor estreito e bizarro pois as paredes pareciam ter sido transformadas d pedra em pano, amassadas e depois retransformadas em pedra. Após um bom tempo, este efeito desapareceu e se viram diante de uma área aberta gigante cheia de pedras élficas de luz, que destoavam de toda a arquitetura da cidade diante de seus olhos.
Havia dezenas de pedras élficas flutuando sobre as construções de modo que elas não produziam nenhuma sombra. Era notável que haviam outras pedras dentro das construções provocando o mesmo efeito.
O Mago e todos estavam com a mesma expressão, tentando entender o que era aquilo. A lógica da construção não era élfica não era ana, não era dos orcs, não era dos reptantes, não era de nenhuma raça conhecida do mundo e consistia, por isto uma descoberta inédita e iria mudar a história do mundo como a conheciam.
Estava dentro de uma bolha nas profundezas e ficava a dúvida se era uma descoberta dos elfos ou se houve algum enfrentamento entre eles algum dia, pois o mundo, um dia pertencera aos elfos.
_ Vamos ficar aqui de longe ou vamos explorar?
_ Algum de vocês tem formação para isto?
_ Você tem, não mago? Podemos ir protegendo você.
As idéias estavam muito aceleradas e Neri sabia que não estava pensando direito. Ele realmente tinha algum preparo para a exploração mas não viera ali para isto. Embora naquele momento, precisassem explorar mesmo um meio de sair dali.
_ Então, venham comigo. Tenho uma ideia de por onde começar.
_ Vai compartilhar ideias e motivos? – Disse Urin - Estamos todos presos aqui e 8 olhos percebem melhor que 2.
Neri sabia que o anão estava certo. Se não achassem outra saída dali teriam que enfrentar a coisa que estava no andar de cima e contra ela não tinham chance. Apontou para a torre central.
_ A civilização que morava aqui era subterrânea e vivia no escuro absoluto. Uma entrada era aquela que passamos, mas nenhuma cultura coloca uma porta só. Percebam que há parte da torre central que toca o alto da caverna.
O anão apertou os olhos.
_ Olha senhor, tem realmente uma estrutura unindo ambos mas chamar esta bolha perfeita de caverna é forçar. Quero conhecer os construtores desta cidade, menos pelas construções que achei muito toscas mas pelas paredes desta caverna, que são perfeitas.
Era noite e estavam todos ocupados: o anão emendando a vigília do jantar deles com o turno de guarda inicial, o que mostrava um lado dele que era ignorado: anões e gentileza era algo incomum de se ver. Eles eram ríspidos e desconfiados, e aquele não era ríspido, desconfiado e retraído mas não ríspido. Ficar de guarda enquanto todos jantavam era até gentil considerando os padrões de sua raça. Sem falar na tinta e pergaminhos que fornecia para o curandeiro.
O curandeiro estava sentado desenhando e, por mais que tentasse, não conseguia ver o que ele estava escrevendo, no caso, desenhando, ele estava escrevendo uma grande runa, o que me deixava confuso. As visões de todos em relação ao jovem era que ele estava cercado por um emaranhado de linhas de magia que impediam a visão das runas principais do encanto. Fora o que disseram os magos as poucas vezes que o encanto de revelação funcionou e era o que desconfiávamos que fora o que os sacerdotes viram, desconfiamos porque eles ficaram muito aborrecidos quando descobriram que foram enganados. Se ficaram aborrecidos a ponto de recusar falar que ele era uma ameaça mágica grave como eu pensava que era, era uma dúvida que não fora resolvida.
O jovem arqueiro estava descansando e parecia inofensivo. Parecia.
Amanhã cedo ele faria o encanto de localização para encontrar a estação de controle e levaria seu plano para as vias finais. O mistério sobre o jovem seria revelado.
Capítulo 7 – o arqueiro
Uromi levantou-se e aprontou rapidamente. Seu corpo estava descansado, mas sua mente fervilhava. A memória dos acontecimentos em Solua, eventos que ele lutava para esquecer estavam se insinuando em sua consciência e fazendo-o ter flashes dos acontecimentos em sonhos. Os cavalerios que o atenderam alertaram que ele devia evitar rememorar o fato, e ele conseguira fazer isto, buscando ambientes calmos e trabalhos sem muitas perguntas mas as falas do mago haviam despertado algo nele, como uma faísca que crescia e ameaçava tomar sua consciência.
Ele usava as técnicas que aprendera mas agora, o efeito delas era apenas parcial. Não prejudicava suas atividades, ao contrário, ele conseguia ser até mais eficiente que antes, ele quase adivinhava onde estavam os grupos de predadores e alguns ninhos. Era como se a floresta conversasse com ele. No princípio ele desconfiara, mas após conferir estas impressões vagas, ele percebeu que eram sussurros reais. O desagrado do mago quando determinava mudanças de rumo ou descansos forçados esconderijos naturais que revelava era nítido, mas ele era responsável pela segurança do grupo e faria isto do seu modo.
A rotina deles no despertar naquele território particularmente hostil era simples – alimentar-se, esperar o mago fazer o encanto de localização e seguirem o melhor caminho no sentido que ele indicava. Segundo suas impressões, estavam praticamente no meio de lugar algum. As áreas de ruínas mais conhecidas ficavam ao norte de elitzia, sendo inclusive interditadas a excursões não oficiais e pensava que iriam para lá, mas entendia que estavam no limite sul desta área onde, todos diziam não tinha nada senão a chance de uma morte nas garras e dentes das matinhas de uma espécie de predador felino teleportador particularmente perigoso para arqueiros pois que teleportavam por reflexo quando viam um perigo se aproximando.
Até o momento, todas as previsões sobre a área se confirmavam, menos sua morte que sua nova habilidade estava ajudando a evitar.
Os encantos eram algo que ele ignorava. Sabia que haviam as magias elementais e algumas magias cerimoniais bem mais complicadas e caras com efeitos os mais variados. Ouvira falar das magias de informação, e, como estavam procurando um local assinalado por um mapa antigo, ele deveria estar usando a magia para complementar vazios de informação por falta física do mapa ou por falta de referencias do mapa, pois que o mundo devia ter mudado muito deste o apogeu da cultura élfica.
Ele só torcia que seu caminho agora fosse para longe daquela área infestada de predadores perigosos e suas presas não menos perigosas. Aliás, era algo que ele ficara surpreso por seu contratante não saber, os gatos eram perigosos, sim, mas sua presa era bem mais. Menos elaborada mas muito mais complicada de lidar.
_ Deveremos atravessar o canal, acredito que a próxima referência está a uns 100 metros da grade vala.
_ O senhor quer que atravessemos a grande vala?
O mago sorriu.
_ Sim! Nossa próxima referencia está lá!
Estavam acampados no alto de um grande galho de onde podiam ver a grande vala. As árvores a cobriam com seus galhos e frondes mas não cresciam dentro dela.. Sequer suas raízes apareciam nas pedras que a compunham. Eram pedras lisas, irregulares e ocupavam cerca de 50 metros numa depressão muito regular, como se fossem um grande canal, mas não era água que ela carregara algum dia, ou se fosse, não havia sinal disto.
_ Teremos que ir pelas árvores, então.
O anão reclamou imediatamente.
_ Que tal acharmos uma caverna que passe daqui para lá?
_ Cavernas estarão certamente infestadas pela presa dos felinos predadores.
_ Que, dormem onde?
_ em cima de árvores, nas copas.
_ Você pretende que andemos debaixo da cama deles e acredita que não acordarão e virão comer o café da manhã?
_ As criaturas que eles comem não dormem como eles e, acredite, se toparmos com eles você naõ vai gostar.
_ Não tenho que gostar deles, eles só precisam chegar perto na distância que meu machado mostre que devem ficar longe.
_ Se ferir um deles, os outros entram em frenesi de sangue e avançarão enlouquecidos sobre tudo que exalar este sangue.
_O mago entrou na conversa entre Uromi e o anão.
_ Você acredita nas lendas sobre eles, Uromi? Ninguém jamais confirmou estas lendas. Um só caçador relatou isto que se tenha notícia.
_ Só um encontrou um conjunto deles grande o bastante. Estamos perto do ninho deles há muitos deles por aí e nos ninhos...
_ vamos pelos galhos então, agora.
_ Se esperarmos ate meio dia, os gatos estarão mais sonolentos...
_ Agora.
Uromi ficou desconfiado. O mago não agia como se temesse os predadores – pensou, já se movendo enquanto procurava as árvores que permitiriam melhor trânsito de um a outro lado da grande vala, por sorte, havia muitos grande galhos entrelaçados – o mago naõ agia, como se fossem só pegar uma erva rara numa caverna distante. Estavam distante mas cavernas ali eram simplesmente perigosas demais para qualquer grupo tão pequeno como o deles. O que ele procurava realmente?
Capítulo 8 – Urin Fendepedras
O seu guia era mesmo bom, melhor que ele, só o líder da expedição. Caminhos diretos, nenhuma discussão: eles pareciam com um pelotão de anões ou um grupo de escavadores: pouca conversa e muita ação. Quanto mais rápido voltassem mais rápido ele teria dinheiro para poder beber à vontade. Estava bebendo apenhas para aplacar a sede matinal mas sua bebida estava perigosamente escassa. Tinha que se manter longe dos colegas para ninguém perceber seus tremores. Encontrara algumas frutas que impediriam um colapso pela falta da bebida mas se não voltasse ou encontrasse alguma bebida em 3 dias todos veriam como fica um anão que precisa beber para funcionar.
Os galhos daquelas árvores apreciam ter se enrolado uns nos outros de propósito, e cresceram assim enrolados, o que tornara o trabalho de qualquer um que quisesse passar de uma outro lado muito fácil, desde que tivesse coragem de enfrentar o medo de cair numa vala cheia de ninhos de uma criatura que era tão perigosa como os gatos teleportadores que os caçavam.
O arqueiro ia na frente, seguido perigosamente, na minha visão, pelo mago comigo e o curandeiro logo atrás.
O arcano havia conjurado logo antes de nos aproximarmos da ponte de galhos e depois disto não ouvi mais o som de nossos passos. Estávamos sob efeito de uma magia silêncio. Òtimo desde que ficássemos no campo de visão um dos outros o que eu tencionava fazer.
Quando chegamos do outro lado, ficou evidente que aquela área toda não era natural. Vi as marcas nítidas de que a rocha havia sido escavada. Mal e porcamente, mas fora claramente escavada. As pedras da outra margem não tinham as marcas que eu via claramente ali e mais, havia uma construção logo adiante, uma construção que sumia no emaranhado de galhos e raízes. O mago indicara exatamente aquela direção. Fosse este nosso destino, a viagem toda era uma farsa.
O grupo estava bem perto da entrada quando subitamente, uma pedra se abriu ao lado de onde o jovem arqueiro passaria e um vulto peludo saltou e seu alvo era o nosso jovem guia de Caelseh. Mal tive tempo de prepara o machado para arremesso vi o mago apontar a mão e a coisa foi colhida por uma lufada de ar, arrancada de dentro de sua toca e jogada contra uma das árvores próximas junto com muitas folhas secas e pó.
A criatura peluda era uma aranha gigante, certamente um predador oportunista, pequena para o padrão das que conhecia da grande fenda mas perigosa. Parei e arremessei meu machado contra a cabeça da criatura. Se ela percebeu ou não, se tentou ou não fugir do ataque, não dava para perceber, o machado ficou enterrado em sua cabeça e ela caiu ao chão sem vida.
Continuei no mesmo ritmo agora para recuperar meu machado.
Assim que o fiz corri até a entrada da construção e o mago anulou a magia de silêncio.
_ Vou analisar as defesas desta porta e entraremos. Procuraremos o portal dentro da construção.
O curandeiro estava olhando à volta e para o local de onde a aranha saíra, mas nenhum movimento ocorria.
O mago terminou seu encanto e fez alguns gestos e uma porta pequena se abriu.
_ Vamos entrar, ela vai se fechar logo.
A porta dava acesso a um corredor cheio de poeira mas revelava uma estrutura intacta. Nada estava quebrado ou estragado. O corredor, ladeado por estátuas e vasos delicados sobre suportes de pedra finamente trabalhados terminava em uma escada que descia ao mesmo tempo que alargava e diante deles uma grande área plana cheia de linhas douradas que, vez por outra cercavam grandes áreas circulares com água.
No meio desta área, uma esfera luminosa mostrava a porta que passaram e além.
_ estamos numa estação de controle de um antigo artefato élfico. Acho que somos os primeiros aqui, mas nosso destino está adiante, pois procuramos uma sala de portais que precisa estar mais distante desta sala que parece ser onde as energias mágicas eram manipuladas para conseguir um efeito que nem faço ideia qual.
O anão acompanhou o grupo, agora confuso. Se fosse uma fraude, era a hora do mago assumir e começara pilhagem. Ou ele estava atrás de algo mais caro que aquilo ou pela primeira vez Urin estava equivocado.
Capítulo 9 – O guerreiro sagrado
Tudo ali era deslumbrante. Já ouvira falar das ruínas das cidades mas o que tinham ali era inédito, não eram ruínas eram instalações intactas abandonadas que o tempo conseguiu apenas sujar. Cada detalhe das peças esculpidas era soberbo. O chão que pisavam parecia fazer parte de um mecanismo mágico cuja função ele naõ conseguia alcançar. Haviam algumas runas desenhadas em ouro no chão e algumas das linhas ele imaginava serem grandes runas. O local era um tesouro incalculável.
O mago, até olhava para o que o cercava com interesse, mas seguia adiante, certamente movido por um propósito maior que toda aquela riqueza, seu dever. Até o momento, ele fora fiel ao templo, apesar de tê-lo tentado a ferir seus princípios dado informações que não poderia fornecer, mas este tipo de pedido não era exatamente uma blasfêmia, e, não repetida, era tolerada.
O anão caminhava rápido e ele, apesar das muitas chances de falar sobre o problema que percebera, não o fizera. Iria fazê-lo antes de chegarem á capital. Quando a aranha gigante apareceu, achou que teria uma oportunidade mas a ação incisiva do mago impedira o combate de começar. O anão não percebeu mas ele sim: o ataque do mago fora tão devastador que a criatura não teria forças para continuar, seu esqueleto estava todo quebrado pelo violento choque com a árvore contra a qual fora jogado.
Esta reação rápida e o poder devastador da magia pé de vento trazia certas lembranças dos treinos que tiveram com os magos da academia real de magia. Esta estratégia era comum entre os arcanos mas poucos conseguiam fazer uma magia tão poderosa tão rápido. Nenhum deles jamais saia do castelo. Quem seria este?
Yorran acompanhou o grupo até além da área central. E viu a nova porta e, lá dentro, alguns portais. O grupo entrou e o mago passou a testar portal por portal. Estavam todos inativos menos um, que estava no fim de uma série deles, bem afastado.
_ Vou preparar o portal para passarmos, venham!
Yorran olhou uma vez ainda para a grande sala e viu no globo luminoso do centro da sala que mostrava a área diante do templo uma figura vestida de armadura aparecer, descendo pelo mesmo caminho que vinham.
“Estavam sendo seguidos, seria este o motivo que o amgo acelerara a sua jornada?”
_ Venha, Yorran!
Todos já haviam passado, e o mago acenava nervoso. Yorran resolveu que não fazia sentido deixar de falar sobre sito, mas quando viu a poção explosiva pronta para explodir acoplada ao portal entendeu que o mago sabia.
_ Venha yorran, ele não poderá nos seguir, mas não fale nada aos outros ainda.
Quando passou, Yorran teve certeza que não voltariam por aquele caminho assim que saiu do portal, se viu numa grande área aberta onde só poucos raios de luz iluminavam vindos do alto. Seus companheiros estavam parados perto do portal olhando à volta. O mago chegou ao mesmo tempo que o arqueiro acendeu uma tocha.
Á volta deles estava uma grande câmara, diferente da área anterior, ali, não havia nada bonito era uma grande caverna cheia de escoras e anteparos provisórios. O piso que recebia o portal era um quadrado de granito maciço e havia um sistema de rampas que descia por um poço largo.
O anão segurou minha mão cm força e sussurrou.
_Curandeiro, vamos precisar de você agora..
Quado me virei para ele percebi a vulto que estava atrás do portal. Uma sombra grande com grandes olhos azuis brilhantes. Não conseguia ver que criatura era pois não havia luz atrás dela. Sua força descomunhal ficou patente quando ela destruiu o portal num movimento.
O mago começou uma conjuração e o arqueiro arremessou a tocha sobre ele, certamente para iluminar seu alvo. Quando vi a coisa diante de nós – quatro membros, exoesqueleto, uma membrana entre o tronco e o grande pescoço cheia de laminas – toquei a minha garrafa de água e ela escorreu e criou um círculo brilhante em volta de nosso grupo. Assim que fomos iluminados surgiu a barreira de ar conjurada pelo mago e vimos que esta barreira desviou uma dezena de lâminas de nosso rumo.
_Que diachos é isto? Como se mata?
_ Que eu saiba, esta coisa só foi morta uma vez…
_ótimo, como?
_Por uma divindade, anão, vamos saltar para o poço, não acredito que possamos ter mais força que isto e, se ela anda está aqui é porque não tem saída.
O mago conjurou levitar em cada um de nós e saltamos, evitando as rampas, recolhi a água e saltei logo antes dele, que conjurou outro encanto de barreira e depois passou por todos nós, certamente desabilitando a magia levitação para chegar primeiro ao fundo.
O anão falou alto
_o túnel termina bem estreito.
A criatura não nos seguiu. Sabia já que não cabia nos níveis inferiores da escavação. Nem tentou seguir. Ou então sabia que não havia saída ou que havia algo pior que ele lá embaixo.
Quando chegamos todos no chão avaliamos uma descida muito longa. O anão tocou as paredes e parecia espantado.
_O que foi, Urin?
_Estas paredes são uma obra de arte. Quem as fez parece tê-las transformado em gelatina e moldado.
_Você está brincando? - disse. As paredes eram de uma rocha muito dura que se formavam pelo resfriamento de grandes vulcões e resistiam mesmo à magia. Os elfos, que eram mestres em magia tinham tido dificuldade em escavá-la e alguém a moldara como gelatina?
_ Não, em matéria de rocha, nunca brinco. Seja lá o que fez isto é um artista e tem meu respeito.
O arqueiro acendeu outra tocha. E viram uma passagem que terminava numa barreira mágica.
_No caso, entre aquela coisa lá em cima e a barreira, imagino que seja mais fácil a barreira élfica d milhares d anos, confere?
O mago assentiu
_ Não temos nenhuma chance contra aquela criatura, só o tufão rubro conseguiu matar uma delas e junto com Theophilus. Não sabemos direito o que é, mas existiu em nosso mundo milhares de anos atrás. Omo nenhuma divindade orc nos acompanha disfarçada, teremos que nos virar com a barreira.
Capítulo 10 – o mago
O coração estava acelerado. Os outros portais levavam para locais que ele conhecia e eram perto demais da cidade. Ele naõ identificara as coordenadas ou o nome do portal que tomaram, mas acabara descobrindo um outro segredo. Faltava só descobrir o segredo do traidor e seu dia estava feito, a´era achar um modo de voltar para a capital e teriam muito trabalho para explorar a estação de controle e aquela escavação.
A barreira mágica seria fácil de desligar, ele a conhecia, mas o alerta escrito a barreira usava a palavra élfica que carregava um duplo sentido de perigo-segredo raramente usada pelos elfos antigos senão quando estavam muito preocupados. Eles eram imortais e praticamente inventaram a magia e ainda colocaram este alerta. Pelo que entendera da inscrição, o perigo implicava manter segredo.Para manter a lógica deveria matar todos e se deixar matar e isto não era uma opção.
_Esta barreira pode ser desligada – os elfos criaram a barreira para poderem continuar suas escavações e investigações depois.
O grupo não deu mostras de desconfiar de sua mentira, mesmo porque ninguém entre eles dominava o élfico.
O mago desligou a barreira e seguiram. Primeiro por um corredor estreito e bizarro pois as paredes pareciam ter sido transformadas d pedra em pano, amassadas e depois retransformadas em pedra. Após um bom tempo, este efeito desapareceu e se viram diante de uma área aberta gigante cheia de pedras élficas de luz, que destoavam de toda a arquitetura da cidade diante de seus olhos.
Havia dezenas de pedras élficas flutuando sobre as construções de modo que elas não produziam nenhuma sombra. Era notável que haviam outras pedras dentro das construções provocando o mesmo efeito.
O Mago e todos estavam com a mesma expressão, tentando entender o que era aquilo. A lógica da construção não era élfica não era ana, não era dos orcs, não era dos reptantes, não era de nenhuma raça conhecida do mundo e consistia, por isto uma descoberta inédita e iria mudar a história do mundo como a conheciam.
Estava dentro de uma bolha nas profundezas e ficava a dúvida se era uma descoberta dos elfos ou se houve algum enfrentamento entre eles algum dia, pois o mundo, um dia pertencera aos elfos.
_ Vamos ficar aqui de longe ou vamos explorar?
_ Algum de vocês tem formação para isto?
_ Você tem, não mago? Podemos ir protegendo você.
As idéias estavam muito aceleradas e Neri sabia que não estava pensando direito. Ele realmente tinha algum preparo para a exploração mas não viera ali para isto. Embora naquele momento, precisassem explorar mesmo um meio de sair dali.
_ Então, venham comigo. Tenho uma ideia de por onde começar.
_ Vai compartilhar ideias e motivos? – Disse Urin - Estamos todos presos aqui e 8 olhos percebem melhor que 2.
Neri sabia que o anão estava certo. Se não achassem outra saída dali teriam que enfrentar a coisa que estava no andar de cima e contra ela não tinham chance. Apontou para a torre central.
_ A civilização que morava aqui era subterrânea e vivia no escuro absoluto. Uma entrada era aquela que passamos, mas nenhuma cultura coloca uma porta só. Percebam que há parte da torre central que toca o alto da caverna.
O anão apertou os olhos.
_ Olha senhor, tem realmente uma estrutura unindo ambos mas chamar esta bolha perfeita de caverna é forçar. Quero conhecer os construtores desta cidade, menos pelas construções que achei muito toscas mas pelas paredes desta caverna, que são perfeitas.
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